Ténis “oleado”, confiança no máximo: Frederico Silva ataca final de 2024 para não voltar aos ITF

Carlos Vidigal Jr./FPT

VALE DO LOBO – Frederico Silva celebrou um hat-trick de títulos em 2024 em Vale do Lobo, seis anos do sucesso no mesmo local. Na altura, levantou o 11.º troféu do palmarés aos 23 anos. Agora, festejou pela 19.ª ocasião no Internacional Tennis Federation e muita água passou debaixo da ponte desde 2018, o último revés uma operação ao ombro esquerdo que o limitou no final de 2023 e o tirou dos primeiros meses da época. O regresso às provas ITF foi inevitável, até porque o ranking chegou a resvalar para fora dos 600 melhores, mas o tenista natural das Caldas da Rainha já só olha para cima e não quer ficar por aqui.

A final desta segunda-feira – o Vale do Lobo Open II sofreu com a chuva e foi impossível a conclusão no dia previsto – deixou Frederico Silva “muito satisfeito”. “Vinha para o torneio com boas sensações, confiante que se jogasse um bom ténis podia ter hipóteses. A lista estava muito forte, havia muitos candidatos ao título e se calhar não pensaria ganhar o torneio. Sabia que teria hipóteses caso estivesse a jogar bem e acabei por fazer vários bons jogos. Estou bastante satisfeito também por ter lidado bem com os vários dias de chuva e na final fiz um bom encontro”.

O derradeiro duelo foi ganho face ao compatriota Pedro Araújo mesmo depois de um arranque com desvantagem de 4-1. “Não entrei tão bem como gostaria, estava um pouco tenso e nervoso o que não me surpreendeu tendo em conta que era contra um jogador português. Sabia que ia ser duro, mas tentei manter-me tranquilo, fui oleando as minhas pancadas, a minha tática, e consegui ir buscar o primeiro set, o que foi bastante importante. Depois no segundo joguei mais tranquilo e resolvi melhor”, explicou.

O sucesso dá “confiança” e o tenista de 29 anos sabe que em provas da categoria Challenger não teria tantos triunfos. Ainda assim, as 47 vitórias internacionais em 2024, aliadas a outras quatro a caminho do título de Campeão Nacional Absoluto, não surgem por obra do acaso. “É capaz de ser o ano em que fiz mais encontros e em que tive mais vitórias. Sinto-me bem em campo, sinto-me mais oleado, sinto que tenho mais controlo sobre as minhas pancadas, o que não acontecia depois da operação. Neste momento estou mais estável e isso leva-me a ser mais consistente. E a consistência é nível. Estou satisfeito com a forma como tenho lidado com a competição”.

A competição continua esta semana, no mesmo local, e segue como último destino para o Maia Open. Para já é “complicado” imaginar novo amealhar de troféu face ao cansaço. Menos complicado é o desejo de assentar no circuito Challenger, onde passou a maior parte do tempo nos último anos e no qual somou quatro finais. “Depende de como correr esta semana e o torneio na Maia. Este final do ano está a correr-me bem, mas também estou com vontade de fazer uma pausa e fazer uma boa pré-época para atacar o novo ano. Posso fazer um bom próximo ano se me mantiver saudável. Estou entusiasmado. Agora quero dar tudo no que falta”.

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