OEIRAS — Francisca Jorge fez uma pausa no circuito internacional com o objetivo mais do que assumido de voltar a sagrar-se campeã nacional e este sábado alcançou-o. Erguido o título pela oitava vez consecutiva, a melhor tenista portuguesa da atualidade reforçou um lugar entre as melhores da prova rainha e assumiu o objetivo de perseguir os recordes que ainda tem pela frente.
“O meu objetivo [ao jogar o Campeonato Nacional] já não é ser considerada a melhor tenista nacional, porque acho que hoje em dia isso traduz-se no nível internacional. Mas parar agora que já tenho oito títulos em cima não ia ser fixe”, disse com um grande sorriso depois da 31.ª vitória consecutiva na prova e quinta contra a irmã mais nova, Matilde Jorge, em finais.
“Tudo depende da minha situação, se estou apta para jogar e se tenho ou não de pontuar para o ranking. Há muitas coisas que podem variar, mas sem dúvida que o objetivo quando jogar vai ser sempre ganhar”, acrescentou a vimaranense de 24 anos, que este sábado igualou os oito títulos de Angélica Plantier e já só tem à frente Sofia Prazeres (nove títulos) e Leonor Peralta (13 títulos).
Sobre o encontro que lhe deu mais um troféu, disse ter ficado satisfeita com o nível: “Joguei bom ténis desde o início. Houve um momento em que se calhar senti as coisas um bocado tremidas e as emoções estavam mais à flor da pele, mas depois voltei a ser lúcida o suficiente para ir buscar o nível e procurar o nível outra vez. Tive mérito por fazer isso e consegui acabar a jogar bem.”
“A Matilde tem vindo a jogar cada vez melhor, ontem teve uma vitória bastante boa porque o nível estava elevadíssimo e senti que vinha com confiança para esta final, também porque está na melhor fase da carreira. Daí também ter sentido mais algum nervosismo, o nível tem subido e a minha margem de progressão vai ser sempre menor do que a delas porque sou mais velha, mas no geral estive bastante bem e mereci ganhar porque lidei com tudo isso”, acrescentou.
Voltar ao Campeonato Nacional Absoluto significou abdicar de duas semanas de competição internacional numa altura em que precisa de aproximadamente 100 pontos (nas quatro semanas que restam) para assegurar a entrada no qualifying do Australian Open. Mas a defesa do título “já estava decidida porque não deixava de ser um objetivo que eu tinha traçado para esta época e agora ainda tenho quatro torneios pela frente em que quero fazer o melhor possível.”
Ainda este sábado viaja até ao Funchal para jogar um ITF W50 em piso rápido e depois seguem-se três WTA 125 já em terra batida: Cali (Colômbia), Colina (Chile) e Buenos Aires (Argentina).