Roland-Garros não tem corrido bem à comitiva francesa, mas no último ano do ATP Masters 1000 de Paris em Bercy — de 2025 em diante passará a ser jogado em La Défense, do outro lado da capital — o público parisiense voltou a encontrar motivos para celebrar e o principal responsável é Ugo Humbert, que este sábado selou o acesso à final. O bem mais experiente e titulado Alexander Zverev separa-o(s) de um final dourado.
Dois dias depois de surpreender Carlos Alcaraz num encontro em que se apresentou em estado de graça, o último resistente da revolução francesa (foi o único a chegar aos quartos de final, mas Arthur Fils, Arthur Cazaux, Arthur Rinderknech e Adrian Mannarino chegaram aos oitavos de final) prolongou a campanha histórica com uma reviravolta assinada pelos parciais de 6-7(6), 6-4 e 6-3 sobre o ex-campeão Karen Khachanov.
O ambiente na Arena de Bercy voltou a tornar-se eletrizante e Humbert utilizou-o para construir a recuperação num encontro que lhe valeu a 13.ª vitória consecutiva em indoor hard courts — venceu o ATP 250 de Metz no final do ano passado e já este ano conquistou o título em Marselha, na mesma categoria.
Aos 26 anos, Ugo Humbert procura o sétimo título da carreira, terceiro da temporada e de longe o maior de todos, que também lhe permitiria entrar pela primeira vez no top 10 mundial.
Para isso, o herói da casa terá de superar Alexander Zverev, que ascendeu ao segundo lugar do ranking ao derrotar outro ex-campeão, Holger Rune, por 6-3 e 7-6(4). A vitória deste sábado foi a 65.ª do alemão em 2024 e permitiu-lhe igualar o recorde de Jannik Sinner, bem como voltar a ultrapassar Carlos Alcaraz — uma movimentação que pode vir a ter como consequência o sorteio de italiano e espanhol no mesmo grupo do ATP Finals, dentro de pouco mais de uma semana.
Zverev jogou a final em Paris 2020, mas perdeu-a para Daniil Medvedev e quatro anos depois persegue o sétimo título da carreira só nesta categoria, mas primeiro em piso rápido acima da categoria mais baixa desde que venceu o ATP Finals de 2021.