BRAGA — Elmer Moller nunca mais vai esquecer esta semana em Braga. Afinal, à terceira foi de vez para o jovem dinamarquês de 21 anos, que em plena cidade dos arcebispos conquistou o primeiro título Challenger da carreira para colocar a cereja no topo do bolo de uma campanha que o levará pela primeira vez ao top 200 do ranking ATP e, por consequente, ao qualifying do Australian Open.
“Estou muito feliz com a forma como fui psicologicamente consistente ao longo da semana. Senti-me muito bem e tentei não me preocupar demasiado com as condições ou quando alguma coisa não me corria muito bem. Mantive-me muito sólido e isso simplificou tudo”, reconheceu na derradeira conferência de imprensa, já de troféu nas mãos após vencer Daniel Elahi Galan por 6-4 e 7-6(4).
Moller viajou para Portugal com dois ingressos para quadros de qualificação, despede-se com umas meias-finais e um título.
Foram 10 vitórias em duas semanas que o surpreenderam: “Não vim com grandes expetativas, mas sim para dar o meu melhor e tornaram-se duas semanas incríveis. Estou muito feliz, mas também um pouco cansado”, acrescentou depois de uma final em que considerou essencial ter “jogado muito agressivo e servido melhor do que tenho servido.”
O título no Braga Open fará do jovem dinamarquês um jogador do top 200 assim que o ranking for atualizado, quando o ATP Masters 1000 de Xangai chegar ao fim, e também acabou com as dúvidas em relação à ida a Melbourne para participar pela primeira vez no qualifying de um Grand Slam.
São muitas as razões para celebrar, portanto, mas no ténis já se sabe que pouco ou nenhum tempo há para festas e por isso agora é hora de “fazer as malas e ir para Valência” jogar mais um torneio Challenger. Talvez depois tenha “tempo para estar com os meus amigos e a minha família, que são as pessoas mais importantes e com as quais gosto de estar sempre que não estou a jogar ténis, porque há muito mais vida além ténis.”
No horizonte fica um possível regresso a Portugal para competir na Maia.