BRAGA — Daniel Elahi Galan (127.º) ou Elmer Moller (231.º ATP). Um deles será o sexto campeão diferente no mesmo número de edições do Braga Open, torneio Challenger que permitiu à cidade dos arcebispos abrir as portas ao segundo escalão do circuito mundial ou com mais um final feliz para o terráqueo por natureza, ou com um primeiro capítulo dourado para mais um escandinavo que desafia a tradição e faz do pó de tijolo seu território.
“Passou muito tempo desde que estive numa final e também muito tempo desde que ganhei tantos encontros numa semana”, reconheceu o colombiano de 28 anos, com um sorriso tímido, na conferência de imprensa após bater o italiano Andrea Pellegrino (207.º). Um cenário bem diferente daquele que o dinamarquês de 21 anos tem vivido nesta que está a ser a melhor temporada da carreira: “Não é algo em que eu pense muito, mas se olharmos para os resultados é sem dúvida o período da minha vida em que venci mais encontros”, admitiu depois de sorrir por último no duelo de gerações com o veterano espanhol Albert Ramos-Vinolas (134.º, ex-17.º).
Habituado a outros voos, Galan (que para além de ter estado no top 60 já venceu nos quatro torneios do Grand Slam, com destaque para a quarta ronda de Wimbledon no ano passado) vai disputar, em Braga, a décima final Challenger, primeira de 2024, em busca do primeiro título desde abril do ano anterior.
E fá-lo-á, ao que tudo indica, nas condições que lhe são menos favoráveis — prefere terra batida outdoor a indoor — contra um adversário que o obrigará a passar a noite em trabalhos de preparação: “Não o conhecia antes desta semana, mas vi um pouco durante a semana e pelo que vi tem uma excelente esquerda.”
Finalista em Augsburg no mês de maio e em Liberec durante agosto, Moeller persegue o primeiro título da carreira a este nível e pelo currículo do adversário tem a lição mais estudada, sabendo de antemão que “tal como hoje, vai ser um encontro muito complicado frente a um excelente jogador de terra batida.”
Moller tem a estreia no top 200 assegurada independentemente do que aconteça na final e, por consequente, é quase certo que venha a assegurar um lugar no qualifying do Australian Open até ao final do ano. Galan precisa do título para ficar à porta do regresso ao top 100 e, mais importante nesta altura do calendário, materializar o bilhete para o quadro principal do Grand Slam australiano.
Tudo se decide neste domingo, em plena cidade dos arcebispos, a partir das 11 horas. A entrada é livre e em caso de chuva a final será transferida para os campos cobertos.
Conferência de imprensa de Daniel Galan:
Conferência de imprensa de Elmer Moller: