Francisco Cabral “super feliz” no “déjà vu” de regresso aos êxitos no país favorito

BRAGA — 11 meses sem finais, 18 meses sem títulos. Francisco Cabral voltou a competir em Portugal na quinzena Del Monte Lisboa Belém Open-Braga Open e saiu pela porta grande rumo a ambições por concluir. O sucesso na cidade dos arcebispos não é novo, ainda que desta vez tenha um sabor muito melhor.

“Não era segredo nenhum que queria ganhar o torneio, queria ganhar um título. Já era muito tempo sem ganhar, apesar de não pôr essa pressão em mim mesmo, queria apenas voltar a desfrutar e jogar com um sorriso na cara. Isso aconteceu, estou super contente e espero continuar a dar sequência a esta boa fase nos últimos torneios do ano”, sublinhou na conferência de imprensa de rescaldo ao 27.º título da carreira, 12.º no ATP Challenger Tour.

Sem nervosismo pré-final porque as certezas aumentaram, o portuense de 27 anos, 91.º da tabela masculina da variante de pares (antigo 45.º em 2022), “não podia sair da semana mais satisfeito”. O derradeiro êxito tinha surgido em abril de 2022, este veio ao lado de uma parceria até então inédita com o francês Theo Arribage, em recente boa forma — é 70.º ATP e disputou este sábado a 12.ª final de 2024, tendo somado o sexto troféu e segundo consecutivo depois do Del Monte Lisboa Belém Open.

“Se pudesse escolher um sítio para voltar a ganhar era sempre em Portugal”. Obviamente que o número um nacional da variante queria mais e maior, mas não escondeu o sorriso pelo prémio de campeão. E este regresso aos títulos surgiu três anos depois do triunfo na então terceira edição do Braga Open, numa prova também marcada pela chuva. “É um déjà vu de 2021, também acabámos a jogar em indoor. São coincidências giras. Pensei nisso hoje de manhã quando vi que estava a chover. Mas este título sabe melhor pela fase que vinha a passar”, esclareceu, agradecido pela presença dos que mais gosta, apenas a namorada faltou por estar fora do país.

“Em 2021 era um miudinho a começar uma carreira de pares, hoje em dia também me sinto super jovem, sou dos mais novos que aqui andam, mas sou muito mais experiente, tenho mais conhecimento do que é a vertente dos pares. A única coisa em comum é um Francisco super feliz no final da semana”.

O desejo agora passa por somar mais sucessos até final da temporada. Quem sabe já em Valência, onde volta a emparelhar com Theo Arribage, jogador a quem deixou muitos elogios nas várias conversas ao longo da semana na sala de conferências de imprensa.

Só que com exceção das próximas semanas, o futuro de Francisco Cabral ainda é bastante incerto. Sem parceiro, sem treinador, o vencedor de dois títulos ATP em cinco finais não garante voltar às provas nacionais ainda em 2024, no Maia Open, apesar do palpite ser assertivo nesse sentido. Mais novidades quanto aos passos seguintes na sua carreira deverão surgir nessa altura.

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