Henrique Rocha ambiciona chegar à Arábia Saudita para estar “no pack” dos melhores jovens

Eduardo Oliveira/FPT

BRAGAHenrique Rocha chegou cabisbaixo à sala de conferências de imprensa na sequência da eliminação precoce no Braga Open, mas ficou com um brilho nos olhos quando a conversa apontou para o Next Gen ATP Finals — o evento destinado aos jovens de elite que definiu como grande objetivo para o final do ano e que até pode colocar-lhe um dilema emocional.

“Se me apurar vou sem dúvida jogar”, respondeu prontamente quando o calendário dos próximos meses se tornou assunto. “Tornou-se num ano extraordinário porque meteu-se aqui a possibilidade de me apurar, por isso na próxima semana jogo em Valência e depois vou umas semanas para a América do Sul tentar conquistar o maior número de pontos possível.”

O português está em 10.º na tabela dos melhores jovens com 20 anos ou menos, mas só os oito primeiros recebem um bilhete para Jidá, na Arábia Saudita, que entre os dias 18 e 22 de dezembro recebe o torneio-exibição (não há pontos em jogo, mas cada participante recebe 150.000 euros logo de entrada e um campeão invicto amealha mais de meio milhão de euros) até agora jogado sempre em Itália.

Se o objetivo for alcançado, a presença no Next Gen ATP Finals poderá mesmo comprometer uma das semanas mais especiais da época para Rocha, que trata a Maia e o Maia Open “como casa”, ainda que o próprio reconheça ser “muito difícil não ir.”

Certo é que o portuense quer fechar o ano “no pack” que reúne os melhores do mundo: “É uma prova muito engraçada e diferente daquilo a que estamos habituados no dia a dia. Pela envolvência, pelo ambiente, o facto de serem short sets com ponto de ouro torna o jogo um bocadinho diferente. [Fazer parte de] uma espécie de exibição com os melhores da minha idade motiva-me muito.”

E para isso é necessário deixar para trás “dias difíceis, com um acumular de emoções e de cansaço” entre Lisboa e Braga, palcos de duas derrotas pesadas no espaço de uma semana. “Às vezes são desculpas para justificar o injustificável porque mesmo assim eu podia ter estado bem, podia ter jogado bem, podia ter encontrado a alegria. Não encontrei e a culpa é 100% minha, que tenho de estar preparado para tudo e adaptar-me.”

Valência, já na próxima semana, será a próxima oportunidade de o fazer, seguida da referida digressão pela América do Sul, mais concretamente Campinas, Curitiba (dois Challenger 100 no Brasil) e Guaiaquil (Challenger 75 no Equador), podendo até estender-se a Lima (Challenger 75 no Perú), Montevidéu (Challenger 100 no Uruguai) e ainda São Paulo (Challenger 75 no Brasil, o único em hard courts) caso continuem a faltar pontos para chegar a Jidá.

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