BRAGA – Frederico Silva foi o primeiro português a ir a jogo no quadro principal da sexta edição do Braga Open. Mesmo com breaks de vantagem em ambos os parciais, o número seis nacional não conseguiu atingir a segunda eliminatória como na semana passada, no CIF, e lamentou em conferência de imprensa a derrota sofrida face ao dinamarquês Elmer Moller.
“Foi um encontro complicado, já sabia que não ia ser fácil porque ele está bastante rodado e em boa forma. Mas também não foi um encontro bem conseguido da minha parte. Tive oportunidades que não consegui aproveitar, sobretudo no primeiro set, que no final fizeram a diferença”, sublinhou o tenista natural das Caldas da Rainha, aludindo em concreto ao despediçar do break de vantagem e de chances perdidas a 3-3 e, em especial, aos quatro break points a 4-4 do parcial inaugural.
O set perdido tornou-o “menos lúcido e organizado” a partir de então e “o nível baixou”. No geral, Moller, semifinalista a semana passada, fez “um encontro muito completo” e Silva cometeu “alguns erros não forçados a mais” num duelo disputado em recinto coberto devido à chuva, apesar de inicialmente escalonado para o court Central do Clube de Ténis de Braga.
“A semana passada foi uma desvantagem ter passado para indoor porque ele já tinha feito um encontro nessas condições. Aqui estávamos em igualdade. Ele habituou-se melhor às condições e isso é mérito dele. Favoreceu o jogo dele, mas a capacidade de habituação é importante no ténis e ele soube tirar melhor partido do que eu”, analisou.
Findas as “duas semanas estranhas” pelas intempéries, a ideia agora é regressar aos hard courts e a próxima quinzena será passada nos torneios ITF da Beloura. O calendário passará por Portugal até final do ano, até o regresso ao Campeonato Nacional Absoluto está planeado, com a ideia de terminar 2024 perto do top 300. “Pensar na qualificação para a Austrália é demasiado ambiocioso”.