LISBOA — A oitava edição do Del Monte Lisboa Belém Open foi a mais importante de sempre e também a mais desafiante, mas nem a verdadeira intempérie vivida no CIF estragou o crescimento do maior torneio da capital, onde a ambição e o progresso caminham de mãos dadas desde o ano de estreia e a relação FPT-MP Ténis floresce. Só falta um campeão português.
Manuel de Sousa é o responsável pela escola de ténis do Club Internacional de Foot-Ball e o diretor do torneio desde a primeira edição e suspirou de alívio quando “finalmente acabou” uma semana extraordinariamente exigente feita de chuvas e atrasos que resultaram na “edição mais difícil de todas.”
Mas o desabafo foi breve, seguido de “um agradecimento muito especial às equipas de manutenção incansáveis sem as quais muito provavelmente não teríamos conseguido terminar a tempo” e de “um balanço muito positivo” a uma edição com “um excelente nível competitivo e excelentes jogadores” em que “só faltou um campeão português.”
Vasco Costa dirige a Federação Portuguesa de Ténis e expressou-se em sintonia, aproveitando para destacar “o título das irmãs Jorge” e “a subida no ranking de pares“, a variante que no passado já tinha coroado campeões lusos no CIF — as próprias Francisca Jorge e Matilde Jorge já tinham ganho a edição de 2022 do torneio feminino, enquanto o masculino começou logo em 2017 com o triunfo de Frederico Gil e Gonçalo Oliveira, que repetiu a festa em 2020 com um dominicano e em 2022 com um checo.
A fé numa festa portuguesa ao nível individual mantém-se e serviu, aliás, de motivação extra para Manuel “Manecas” de Sousa na hora de abordar o futuro, com a promessa de que “enquanto não acontecer, não desisto do torneio.”
Acima de tudo uma brincadeira, porque em cima da mesa está tudo menos o fim do Del Monte Lisboa Belém Open, que pelo contrário quer continuar a crescer “passo a passo, com segurança e sem complicações.”
Depois de sete edições no primeiro nível do circuito Challenger, o upgrade de 2024 cumpriu um desejo antigo do torneio masculino (de Challenger 75 para Challenger 100), mas também o feminino voltou, à quarta edição, a crescer (começou como ITF W25, evoluiu para ITF W40 e este ano ITF W75) e é certo que pelo menos esse dará mais um salto em 2025, até ITF W100.
O anúncio foi feito pelo presidente da FPT em plena cerimónia de encerramento e devidamente reforçado pelo responsável do torneio na conferência de imprensa que fechou as conversas da semana.