Jaime Faria admite instabilidade: “Fugi aos problemas e neste nível não perdoam”

Beatriz Ruivo/FPT

LISBOA – Dia para esquecer no escritório de Jaime Faria. A entrada autoritária no encontro frente a Oriol Roca Batalla fazia antever outro desfecho, mas a “disponibilidade mental” não foi a melhor e a reedição dos quartos de final do Braga Open de 2023 voltou a sair favorável ao espanhol.

O encontro originalmente planeado para a jornada de terça-feira foi sendo sucessivamente adiado devido à chuva até ser disputado nos courts cobertos do Club Internacional de Foot-Ball. As condições indoor podiam beneficiar teoricamente o número dois nacional, mas o torneio acabou por terminar à nascença.

“Não fui muito competente, só o fui no serviço. A partir do momento em que levo o break no primerio set, a 4-2, já com a bola mais desgastada, fiquei um bocado irritado e não lidei bem com as ideias pré-concebidas que tinha antes do encontro. Fiquei frustrado e ele foi mais competente. Não foi o melhor desfecho e fiz um segunfo set péssimo”, analisou no rescaldo ao duelo em conferência de imprensa.

E a auto-crítica continuou. “A minha disponibilidade mental não foi a melhor hoje, não lutei para resolver os meus problemas. Estava mais a fugir aos problemas do que a enfrentá-los. Neste nível os jogadores não perdoam se não estiver fino de cabeça. Não consegui encontrar soluções e não consegui resolver os handicaps.

Sem querer entrar no departamento das desculpas, o português de 21 anos lamentou não ter conseguido adaptar-se a todas as mudanças e pára-arranca das últimas 48 horas. A visão não era a melhor, a terra batida também não e a direita claudicou, mas sobretudo com origem na mente.

“Para ser bom jogador tenho de começar a lidar melhor com estas situações, porque senão os outros passam à minha frente e o comboio passa rápido”, sublinhou. Agora há que “preservar a cabeça para Braga e olhar para o copo meio cheio porque hoje olhei para o copo meio vazio”.

Eliminado na primeira ronda tanto em singulares como em pares, Jaime Faria segue mesmo para a cidade dos arcebispos, local no qual alcançou os primeiros quartos de final Challenger há um ano. 365 dias depois é um jogador diferente – está a dois lugares da lista de pré-designados da edição deste ano -, o ranking é outro, mas como o próprio diz há muito a melhorar.

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Total
0
Share