LISBOA – Cerca de 48 horas depois do início, Henrique Rocha (168.º ATP) terminou o que ficou pendente e superou o brasileiro Thiago Seyboth Wild (87.º, terceiro cabeça de série e finalista de um Challenger no passado domingo) por 7-6(4) e 6-3 para atingir a segunda ronda do Del Monte Lisboa Belém Open e a segunda maior vitória da carreira no que ao ranking do opositor diz respeito.
13 dias após a extraordinária vitória sobre o top 10 Casper Ruud, uma das maiores do ténis nacional, o atual número três nacional reentrou num encontro suspenso a 5-6, 40-30 (ao ar livre, o recomeço em recinto coberto) com quatro pontos consecutivos, essenciais para agarrar o ascendente do compromisso para nunca mais o largar.
O segundo dos quatro, o único mini-break do desempate do primeiro parcial, selado com um passing shot em toque, foi porventura o ponto mais importante do embate e encaminhou o português de 20 anos para o terceiro sucesso frente a um adversário do top 100, o terceiro nos derradeiros quatro duelos (saldo, agora, de três triunfos para quatro dissabores).
Num segundo set ao ritmo dos servidores – como, aliás, todo o encontro no seus dois capítulos -, o sexto jogo resolveu definitamente o frente a frente. Rocha foi capaz de colocar profundidade de bola nas respostas ao serviço e concretizou o único break do embate com mais um dos muitos winners de direita, pancada em especial destaque como é apanágio no jovem luso.
Numa das melhores exibições no capítulo do serviço (13 pontos cedidos e várias ‘borlas’ com essa pancada, num aproveitamento de 86% com a primeira pancada de serviço e 70% na segunda), e não só, Henrique Rocha fechou-a em 1h47 para acompanhar Frederico Silva na segunda eliminatória no CIF, minutos depois da derrota do grande amigo Jaime Faria.
Esta sexta-feira, Rocha terá duplo comprimisso individual em caso de sucesso no inaugural frente ao italiano Federico Arnaboldi, carrasco de Duarte Vale. Se vencer o encontro jogará ainda os quartos de final na parte da tarde.