Gonçalo Falcão perde com ex-top 30 no último encontro de singulares da carreira

Beatriz Ruivo/FPT

LISBOA — Foi verdadeiramente em casa, no Club Internacional de Foot-Ball (CIF) que desde pequeno o viu de raqueta na mão, e sob o olhar atento de muitos familiares e amigos que Gonçalo Falcão disputou, este domingo, o último encontro de singulares da carreira de tenista profissional. Um ex-top 30 eliminou-o na primeira ronda do qualifying do Del Monte Lisboa Belém Open, deixando para a variante de pares — aquela em que mais se destacou — o derradeiro adeus.

Aos 36 anos, Gonçalo Falcão recebeu o convite da MP Ténis — coorganizadora do torneio a par da Federação Portuguesa de Ténis — e foi a jogo por uma última vez em singulares, mas as credenciais de Martin Klizan fizeram-se notar e o eslovaco, atual 315.º e ex-24.º com seis títulos ATP no currículo, venceu por 6-1 e 6-0 num embate sem história.

O mais velho dos tenistas portugueses ainda em atividade no circuito profissional chegou ao 961.º lugar do ranking ATP de singulares em janeiro de 2012, mas foi como jogador de pares que viveu os momentos mais dourados além-fronteiras. Alcançou o 374.º lugar da tabela mundial e conquistou 15 títulos ITF com oito parceiros diferentes: o primeiro foi João Sousa, em 2009, e seguiram-se Diego Matos, Pedro Sousa (três títulos), Fred Gil (quatro), Gonçalo Pereira (dois), Francisco Franco Dias, Francisco Cabral (dois) e Tuna Altuna.

Será nessa variante que, durante a semana, Gonçalo Falcão disputará o último encontro da carreira como tenista profissional: o parceiro eleito foi Gastão Elias, que tal como ele e Pedro Sousa cresceu com a terra batida do CIF nas sapatilhas.

O currículo do cascalense inclui ainda títulos de campeão nacional de sub 12 (1999 e 2000), sub 14 (2002), sub 16 (2003) e sub 18 (2006). Na prova absoluta terminou como vice-campeão de singulares em 2011, venceu três (2008 com Nuno Páscoa, 2012 e 2018 com Gonçalo Pereira) das seis finais em pares masculinos e conquistou três títulos de pares mistos (em 2013 com Joana Valle Costa, em 2021 ao lado de Inês Murta e em 2023 com Ana Filipa Santos).

Mais recentemente, em 2022, brilhou na primeira aventura como veterano ao conquistar três títulos de campeão mundial (singulares, pares masculinos e pares mistos) numa só semana no Jamor.

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