Rui Machado reconhece que “faltou experiência” a “uma equipa muito jovem que nos vai dar muitas alegrias”

BEKKESTUA — Portugal não conseguiu sair da Noruega com a vitória pretendida e o capitão Rui Machado admitiu que faltou experiência a uma das equipas mais novas das últimas décadas, mas olhou com bons olhos para o futuro da seleção nacional.

“Faltou-nos um bocadinho de experiência porque ainda são jogadores muito novos e têm muita experiência por adquirir. Também não pudemos contar com o Nuno, que apesar de não ser o jogador mais experiente é o elemento que está mais em forma e a um nível mais alto”, disse o algarvio de 40 anos ao Raquetc depois das derrotas de Francisco Cabral e Jaime Faria em pares e do segundo em singulares.

“Por uma razão ou outra as coisas escaparam-nos no primeiro singular de ontem, que era muito importante, mas ao mesmo tempo o Henrique deu-nos o 1-1 e viemos com tudo em aberto para o hoje. O par era determinante e é aquele que eu considero que jogámos menos bem nesta eliminatória, mas mesmo assim jogámos menos bem porque os adversários nos criaram dificuldades”, acrescentou Machado. “O Jaime depois ainda deu muito boa réplica a um top 10, mas era um top 10 a jogar num ponto decisivo, vindo de uma vitória meia-hora antes, ou seja, uma situação difícil. As nossas chances reduziram bastante depois de perdermos o par, mas continuámos a lutar até ao fim apesar da superioridade do Ruud, sobretudo em termos físicos, ter vindo ao de cima, como era de esperar.”

Salientando que “os jogadores de ténis são campeões do mundo de adaptação” porque “estão muito habituados a adaptarem-se a qualquer cenário de um dia para o outro”, Rui Machado não deixou de fazer algumas críticas ao horário da eliminatória: “Foi muito tarde para começar tendo em conta que hoje era bastante cedo. Não permitiu uma transição minimanente calma de um dia para o outro porque ontem saímos daqui já depois da meia-noite para estarmos de volta 10 horas depois, com aquecimentos por fazer. Também houve algumas lacunas na organização que tornaram o cenário um bocadinho mais desafiante.”

No entanto, e deixada para trás a eliminatória em Bekkestua, o selecionador nacional vê com bons olhos o futuro da equipa que lidera: “É uma equipa muito jovem, não é preciso haver uma grande mensagem para os agarrar e motivar. Sonham todos muito e sentimos que vamos ter muitas oportunidades. O espírito de grupo voltou a ser excelente, há uma grande amizade, com grande companheirismo, e eu, que estou na Taça Davis há mais de 20 anos seja como jogador, ou como direto técnico, ou como selecionador, consigo perceber que este é um grupo que nos continuará a dar alegrias. Algumas das nossas melhores vitórias na Taça Davis aconteceram nos últimos anos e vamos continuar a sonhar.”

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