BEKKESTUA — Francisco Cabral não conseguiu contribuir com uma vitória para as aspirações de Portugal na Noruega, mas viu potencial na parceria inédita — ao nível da seleção nacional — com Jaime Faria, o jogador escolhido por Rui Machado para colmatar a ausência de Nuno Borges, até aqui único parceiro do especialista português em eliminatórias da Taça Davis.
“O Jaime fez uma boa análise ao par”, reiterou ao Raquetc na sequência das primeiras declarações do colega de equipa. “Pecámos um bocadinho nas respostas, principalmente aos primeiros serviços. O Jaime entrou a responder bem, mas eu não consegui acompanhar e isso deu-lhes à vontade para continuarem a servir livremente e a arriscarem um bocadinho mais num ou noutro momento. Também não fizemos mossa como era preciso no segundo serviço para criarmos instabilidades a dois jogadores que são completos, que jogam bem do fundo do campo, onde servem e respondem bem.”
Desiludido por não ter conseguido “ajudar como queria” na estreia de Faria como parte de uma dupla de Taça Davis, Cabral admitiu, no entanto, que “temos potencial para formar um bom par.”
De Bekkestua, o destino será a cidade do Porto, para a qual Francisco Cabral segue com decisões por tomar: “Muito sinceramente, ainda não sei que torneio vou jogar ou com quem vou jogar. Idealmente gostava de jogar em Lisboa [o Challenger 100 do CIF], mas depende de quem encontrar e se faz ou não faz sentido. Braga ainda não sei porque é um 75, mas quero continuar em terra batida até chegarem os torneios ATP em piso rápido indoor.”
“Idealmente”, a missão do portuense é “encontrar alguém para jogar durante várias semanas”, mas “é muito mais complexo do que aquilo que pode parecer, porque já tenho alguns anos de parceiros e de circuito e é difícil jogar com alguém com que não me identifico, ou com que não tenho tão boas vibes, ou que tenha um estilo de jogo que não encaixa tanto no meu, por isso tenho sido mais criterioso na procura e para já estou sem parceiro e sem calendário.”
