BEKKESTUA — A ausência de Nuno Borges notou-se assim que as equipas se reuniram no hall de entrada da Nadderud Arena, em Bekkestua, e as nomeações confirmaram que o número um nacional não faz parte dos planos de Portugal para o primeiro dia da eliminatória da Taça Davis contra a Noruega por causa de uma lesão no pulso esquerdo, estando em cima da mesa até ao último minuto a ida a jogo na segunda e derradeira jornada.
“Não era o que queríamos, mas infelizmente neste momento o Nuno não se sente em condições de jogar. No último mês tem vindo a sofrer um bocadinho com algumas dores no pulso esquerdo e esta semana acabámos por perceber que não estava em condições para competir. Estamos a fazer alguns exames médicos para ver se será possível contar ou não com ele mais à frente na eliminatória e sei que vai ser difícil, mas se for possível obviamente gostaria de contar com ele”, explicou o capitão, Rui Machado, em declarações ao Raquetc depois do sorteio que confirmou a ida a jogo dos jovens Jaime Faria (21 anos) e Henrique Rocha (20 anos) no primeiro dia.
Borges falhou, inclusive, a cerimónia desta quinta-feira por ser “o único momento” em que foi possível agendar um dos exames necessários para esclarecer o estado da lesão do número um nacional, que se espera ser “uma sobrecarga de um longo ano e de um longo mês” e não “algo mais grave”, mas que ainda assim “exige atenção e que façamos as coisas da maneira certa porque em primeiro lugar está a integridade física dos jogadores.”
Apesar da ausência de Nuno Borges, o selecionador português mantém a esperança de sair Bekkestua com um desfecho semelhante ao de há um ano em Schwechat, nos arredores de outra capital europeia (Viena), onde Portugal venceu a Áustria por 3-1.
“Sabíamos que vinhamos aqui com uma equipa homogénea, não em termos de ranking, mas porque todos os jogadores estão com um grande nível e têm argumentos para ir a jogo. Foram selecionados os dois que eu considero que estão na melhor forma e que podem ter a melhor performance. É claro que o Nuno está na melhor forma da carreira e apesar de não haver garantias no ténis seria sempre uma forma diferente de olhar [para a eliminatória], mas o Jaime e o Henrique já não são jovens promessas, são a realidade do ténis português e os resultados deles nos últimos anos falam por si. Não são os mais experientes, mas a experiência também só se ganha ao entrar em jogo e acho que continuamos com boas possibilidades nesta eliminatória”, analisou Rui Machado.