Jessica Pegula esteve entre a espada e a parede, mas conseguiu operar uma das reviravoltas mais épicas da quinzena e apurou-se pela primeira vez na carreira para a final de um torneio do Grand Slam e logo no “seu” US Open.
A norte-americana recuperou de 1-6, 0-2 e 30-40 para bater a checa Karolina Muchova (semifinalista pelo segundo ano consecutivo e vice-campeã de Roland-Garros em 2023) com os parciais de 1-6, 6-4 e 6-2 num encontro que acabou por levar o Arthur Ashe Stadium à loucura.
A viver um verão de sonho, Pegula celebrou a 15.ª vitória nos últimos 16 encontros, uma vez que chegou a Nova Iorque com os troféus de campeã em Toronto e vice-campeã em Cincinnati na bagagem.
A jogadora “da casa” passou totalmente ao lado da primeira parte do encontro e confessou ter estado perto de desabar em lágrimas ao perder uma primeira partida em que se sentiu sem soluções. Mas transformou-se a partir do momento em que anulou o ponto de break que a deixaria em desvantagem por duas quebras de serviço na segunda partida.
O resgate desse jogo de serviço deu-lhe adrenalina e mesmo quando Muchova ensaiou um travão à recuperação da norte-americana a energia já estava do lado da favorita do público, que não voltou a perder a concentração e colheu os frutos da consistência que passou a apresentar.
Aos 30 anos e 193 dias, Jessica Pegula tornou-se na norte-americana mais velha da história da Era Open a chegar pela primeira vez a uma final de um torneio do Grand Slam e na terceira jogadora do país a inscrever o nome na decisão do US Open depois de celebrar o 30.º aniversário, seguindo os passos de Martina Navratilova e Serena Williams.
Em busca do título mais importante da carreira, a jogadora dos EUA vai enfrentar, na final de sábado, a responsável pelo único encontro que perdeu no último mês: a bielorrussa Aryna Sabalenka, apurada para a final do US Open pelo segundo ano consecutivo.
