Jannik Sinner quebrou a resistência de Jack Draper e venceu o estreante por 7-5, 7-6(3) e 6-3 para ficar com a primeira vaga na final do US Open, a segunda da temporada — e da carreira — em torneios do Grand Slam para o número um mundial, que chegou a Nova Iorque sob forte contestação por causa do caso de doping tornado público a poucos dias do começo do torneio.
A primeira meia-final desta sexta-feira foi, sobretudo, extremamente física. Draper acusou recorrentemente várias dificuldades, precisou dos sistemas de ventilação para se manter fresco e sofreu com o suor, mas também com problemas estomacais que o levaram a vomitar em court por mais de uma ocasião. Sinner, por sua vez, sofreu uma queda aparatosa que resultou numa lesão no pulso esquerdo e precisou de ser assistido ao mesmo tempo que o britânico, mas regressou melhor e resistiu a um segundo parcial de mais de hora e meia que acabou com a discussão do resultado.
Aos 23 anos e 21 dias, o tenista italiano tornou-se no mais novo a alcançar as finais do Australian Open e do US Open no mesmo ano desde 1988, quando a prova australiana também fez a transição para piso rápido.
O número um mundial ultrapassou a fasquia dos 10.000 pontos no ranking com este resultado e tornou-se no primeiro homem do seu país a chegar à final individual em Flushing Meadows, tal como já tinha acontecido em Melbourne no início da época.
À procura do segundo título Major, Jannik Sinner sabia, à entrada para o Arthur Ashe Stadium, que não seria o favorito numa eventual final de domingo, pois do outro lado da rede terá um jogador da casa: Taylor Fritz e Frances Tiafoe vão defrontar-se em prime time no maior court do mundo e um deles será o primeiro norte-americano desde Andy Roddick, em 2006, a chegar à final do US Open.
