A campanha de Nuno Borges no US Open foi histórica a vários níveis e o financeiro não foi exceção: ao vencer três encontros em singulares e dois em pares, o número um nacional recebeu um cheque de 323.000 euros, valor muito superior ao que levou para casa no Australian Open e que já constituía um novo recorde português.
Em Melbourne, no início do ano, o maiato também chegou à quarta ronda em singulares e na variante de pares teve apenas menos um triunfo, resultados que lhe valeram um cheque de 243.384€ que superou os 241.168€ recebidos por João Sousa na sequência do US Open de 2018, onde venceu três encontros em singulares — foi a primeira vez que um tenista português chegou aos oitavos de final de um torneio do Grand Slam — e um em pares.
Em Wimbledon 2019, o outro Major onde chegou aos oitavos de final, Sousa recebeu 202.364€.
O US Open de 2024 voltou a bater o recorde de prize-money ao oferecer 75 milhões de dólares (67,94 milhões de euros) aos jogadores, com destaque para os 100.000 dólares (sensivelmente 90.500 euros) entregues aos derrotados na primeira ronda, um aumento de 72% (!) em relação a 2019.
Aliás, os torneios do Grand Slam têm vindo a aumentar consideravelmente os prémios monetários ao longo dos últimos anos e em especial nas primeiras rondas, o que deu origem a uma discrepância considerável em números das últimas duas décadas.
Por curiosidade, quando Michelle Larcher de Brito se tornou na primeira tenista portuguesa a alcançar a terceira ronda de um Grand Slam, em Roland-Garros 2009, recebeu 40.600€. Em 2023, o prémio de presença na primeira ronda era de 73.000€.
Frederico Gil foi o primeiro homem a fazê-lo, no Australian Open de 2012, e recebeu 53.980€ pelas duas vitórias, um valor inferior ao que foi oferecido em 2024 aos que perderam na primeira eliminatória: 72.740€.
Todos os valores apresentados são brutos e calculados de acordo com as taxas de conversão dos respetivos períodos.
