Nuno Borges passou ao lado do terceiro encontro do ano com Daniil Medvedev e foi eliminado (6-0, 6-1 e 6-3) nos oitavos de final do US Open, onde igualou o melhor resultado da carreira em torneios do Grand Slam e garantiu, já esta segunda-feira, a estreia no top 30 do ranking ATP.
Entre o desgaste acumulado, o nervosismo inerente à estreia no Arthur Ashe Stadium (o maior court do mundo) e uma apatia rara, o melhor tenista português da atualidade esteve longe do nível que apresentou frente a este mesmo adversário no Australian Open e em Halle e nunca conseguiu oferecer resistência ao campeão de 2021 — o único ex-vencedor ainda em prova à entrada para a quarta ronda.
Num raro dia para esquecer, Borges cometeu 51 erros não forçados (10 deles duplas faltas) ao longo de 1h51, quase tantos quanto os pontos ganhos (62). Com o serviço desafinado (só colocou 41% de primeiras bolas, venceu apenas 54% desses pontos e 36% com o segundo), o maiato de 27 anos chegou a tentar servir por baixo, mas sem sucesso frente a um Medvedev que, ao contrário dos encontros anteriores entre ambos, não precisou do seu melhor para sair como vencedor.
Em Nova Iorque, Nuno Borges igualou as duas presenças de João Sousa em oitavos de final de singulares de torneios do Grand Slam e tornou-se no primeiro português a fazê-lo por duas vezes numa só época, bem como no primeiro a inscrever o nome nos oitavos de final de singulares e pares na mesma prova.
O desempenho na cidade que nunca dorme fará dele o próximo número 30 mundial, tornando-se no segundo representante luso a chegar ao top 30 (a apenas dois degraus da melhor classificação do referido compatriota).
Bekkestua, nos arredores de Oslo, será o próximo destino competitivo — 13 e 14 de setembro — para liderar a seleção portuguesa na visita à Noruega para a ronda única do Grupo Mundial I da Taça Davis.