Nuno Borges salvou três match points e venceu um encontro dramático contra Jakub Mensik para fazer história ao chegar pela primeira vez aos oitavos de final de singulares do US Open, onde igualou a melhor campanha pessoal e nacional em torneios do Grand Slam, um resultado que o deixou radiante, mas também desejoso por mais na cidade que nunca dorme.
“Foi uma grande montanha-russa, estou muito, muito contente pela vitória”, começou por dizer o número um nacional (34.º ATP e com possibilidades de chegar pela primeira vez ao top 30) em declarações enviadas à imprensa depois de assinar a quinta vitória da semana, terceira no plano individual.
“Não foi, se calhar, o meu melhor jogo, mas estou muito contente pela maneira como lutei do início ao fim e como aguentei mesmo nos maus momentos e quando não estava a jogar tão bem. Foi isso que contou hoje”, acrescentou Borges, que recuperou de 3-6 no tie-break do quarto set para evitar a despedida.
Reconhecendo que “podia perfeitamente ter caído para o outro lado”, o melhor jogador português da atualidade explicou que mesmo ao 3-6 do tie-break “tranquilizei-me porque sabia que tinha dado o litro e apesar de não ter sido um grande jogo estava satisfeito com a maneira como me representei, [mas] o ténis é mesmo assim, dois ou três pontos podem mudar tudo e hoje foi mais um exemplo disso.”
Igualada a melhor campanha pessoal (também chegou aos oitavos de final no Australian Open) e nacional (João Sousa chegou aos oitavos de final do US Open em 2018 e de Wimbledon em 2019), Nuno Borges terá pela frente Daniil Medvedev, o adversário que o travou em Melbourne, mas primeiro regressará ao court já este domingo para disputar os oitavos de final de pares com Francisco Cabral.
A dupla portuguesa tem pela frente os australianos Jordan Thompson e Max Purcell, finalistas de Wimbledon, mas o maiato quer “sonhar cada vez mais alto” e prolongar a estadia em Nova Iorque.