PORTO – Seis anos depois de ter atingido o segundo posto na hierarquia de sub 18, Adrian Andreev venceu finalmente um título no ATP Challenger Tour, o terceiro no palmarés que prometia bem mais em 2018. A celebração mais importante da carreira deu-se no Clube de Ténis do Porto e num país que diz adorar e que visita competitivamente com frequência. Só este ano foi a quinta vez.
A estreia em finais na categoria tinha sido em março, na Croácia, mas uma semana perfeita na cidade invicta emendou a brecha curricular. “É muito importante para mim, sinto-me maravilhado. Queria muito ganhar um Challenger e este é um local muito bom para isso”.
As celebrações mais extensas ficam adiadas para outra altura, até porque a semana seguinte volta a ser de competição, em Itália. Isto tudo um mês após o último torneio disputado.
As cinco vitórias em dois sets tiveram o epílogo no triunfo frente ao ex-top 100 Carlos Taberner. E não se deixem enganhar, o resultado não espelhou as dificuldades sentidas pelo búlgaro. “Aparentemente foi fácil, mas houve jogos bastante renhidos, só que consegui ganhar os pontos importantes e o resultado 6-3 e 6-0 pareceu mais fácil do que realmente foi. O desfecho não mostra que o nosso nível foi parecido. Ele é muito bom jogador, mas que consegui vencer todos os jogos”.
Não foram todos, mas foram 11 consecutivos a partir do 1-3 de desvantagem no parcial inaugural. E nem o possível primeiro troféu Challenger o demoveu da confiança de cruzar vitoriosamente a meta. “Faz parte do jogo ter pressão e há que aceitar esses pensamentos. Quem lida melhor com essa pressão vence a maior parte das vezes e esta semana joguei mesmo muito bem, senti bem a bola e joguei o meu ténis”, apontou.
Sem colocar demasiadas expetativas, o qualifying do Australian Open parece bem encaminhado. Esta segunda-feira, Andreev deverá situar-se no posto 203 do ranking ATP, a 20 posições do melhor já alcançado.
Ainda assim, nem a hierarquia, nem o título parecem ser o mais relevante para a antiga estrela de sub 18. “É talvez o maior torneio que ganhei, mas já tive muito bons momentos. É sempre bom ter sucesso, só que sentir-me bem em court e na vida é o mais importante. Se me focar só em ganhar não desfruto da competição. Desfrutar de jogar ténis é o mais importante”.