Coração da cidade invicta volta a bater no circuito Challenger

O Clube de Ténis do Porto é um dos mais emblemáticos do país e conta com um longo historial nacional e internacional, mas esteve afastado do calendário do ATP Challenger Tour durante quase três décadas, até que, volvidos 28 anos, regressou em força para celebrar, de mãos dadas com a Federação Portuguesa de Ténis, a realização do 10.º torneio do circuito secundário masculino. Entrámos na era da CT Porto Cup. E na invicta volta a haver o sonho de coroar um campeão português.

A história conta-nos que a Rua Damião de Góis foi morada de um dos primeiros torneios Challenger em Portugal, corria o ano de 1982 quando os irmãos Cordeiro dos Santos e a FPT uniram esforços. Jairo Velasco venceu Juan Avendano na final e depois foram necessários cinco anos para o Clube de Ténis do Porto voltar a receber uma prova desta dimensão, então através da parceria com Jaime Vaz Sousa, que deu frutos temporários.

As quatro edições coroaram Christian Bergstrom (1987), Paul Dogger (1988), Andrei Cherkasov (1989) e Mark Koevermans (1990) como campeões da Oporto Cup, que do Porto passou para o recém-inaugurado complexo da Maia. João Lagos aproveitou a lacuna e devolveu o circuito Challenger à cidade do Porto com quatro edições do Oporto Open, ganhas por Stefano Pescosolido (1991), Jose Francisco Altur (1992), Franco Davin (1993) e Richard Fromberg (1996).

O Clube de Ténis do Porto não parou, serviu de casa a inúmeras provas nacionais (Francisca Jorge e João Monteiro venceram o Campeonato Nacional Absoluto de 2018) e internacionais nos escalões juvenis, mas seguiram-se 28 anos sem ATP Challenger Tour no palco mais antigo da cidade, que entretanto até voltou ao calendário deste circuito, mas no renovado Complexo Desportivo do Monte Aventino — onde há quatro anos acontece o único torneio do país a este nível em hard courts ao ar livre.

Interrompido o hiato, a CT Porto Cup estreia-se com o desejo de proporcionar o que os nove torneios anteriores não almejaram: coroar um campeão português, tal como Braga, Maia e Oeiras já fizeram desde que a Federação Portuguesa de Ténis reforçou significativamente a aposta na organização destes torneios.

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