PORTO — Alejandro Moro Cañas já podia estar de volta a casa, em Madrid, mas “três pequenos milagres” deram-lhe uma segunda vida no Porto e, um dia depois de anular três match points nos quartos de final, o espanhol voltou a vencer para chegar à final do Eupago Porto Open — o maior torneio do Norte do país, que pode dar-lhe o maior título da carreira.
A vitória deste sábado foi mais tranquila do que a da véspera, também pela desistência de Jaime Faria por causa de dificuldades físicas, e chegou “no momento certo por causa do tempo que tenho passado no court.”
Essa vitória, arrancada a ferros contra o lituano Edas Butvilas, fez com que o espanhol de 23 anos passasse a sentir-se “como um gato, que tem sete vidas.”
Três foram gastas nesse duelo, a quarta usou-a para passar pelo último sobrevivente da casa e as três restantes espera serem suficientes para vencer no domingo o dinamarquês August Holmgren, que à hora da conferência de imprensa ainda não tinha vencido Mikhail Kukushkin, mas já estava a cumprir o desejo do espanhol: “Quero que joguem durante muito tempo, se possível mais de três horas.”
E jogaram mesmo: 3h10 foi quanto durou a segunda meia-final do Eupago Porto Open, onde o derradeiro adversário de Moro Cañas será um jogador que “está a fazer uma temporada incrível e vem de ganhar dois torneios consecutivos”, motivos mais do que suficientes para esperar dificuldades.
Mas o tenista de Madrid tem uma arma extra: as conversas diárias com o psicólogo, um apoio “fundamental para me ajudar a passar por este tipo de experiências, porque desde criança que sonhava em viver este tipo de experiências e jogar nos grandes palcos” e que não hesitou em adicionar à sua equipa “ao ouvir os jogadores de topo dizer que o ténis é muito mental, porque se os de topo o dizem então não há dúvidas.”