PORTO — A semana de superação de Jaime Faria no Eupago Porto Open terminou com uma desistência em plena meia-final que entregou ao espanhol Alejandro Moro Cañas a primeira vaga na decisão do maior torneio do Norte do país.
O tenista português esteve limitado fisicamente ao longo de toda a semana e este sábado não foi exceção, com o cansaço a impedi-lo de lutar de igual para igual com um adversário mais fresco e que em pouco mais de uma hora construiu uma vantagem de 6-3 e 4-1 — assim estava o marcador quando o jogador “da casa” desistiu.
Faria avisou na véspera que precisaria de entrar melhor para conseguir fazer frente a Moro Cañas, mas foi quebrado logo na primeira vez em que serviu (liderou esse jogo por 40-15) e a partir daí ficou sempre em desvantagem no marcador. Mais cansado e mais lento do que nos dias anteriores, o número três nacional retaliou, procurou disputar pontos curtos e devolveu o break minutos depois, mas Moro Cañas manteve-se por cima e voltou a quebrar-lhe o serviço para vencer de forma relativamente confortável um parcial em que foi sempre o melhor jogador.
Obrigado a uma terceira recuperação consecutiva para reservar um lugar na final, Faria não teve forças para o que a tarefa exigia: novamente quebrado a abrir e desta vez de 40-0, com duas duplas faltas a comprometerem o começo do segundo set, voltou a ameaçar o contra-break, mas cedeu à tentação de acabar o ponto com a resposta. Moro Cañas segurou esse jogo de serviço, ganhou o seguinte já sem reação do português e viu confirmada a vitória logo a seguir, com a desistência anunciada antes da troca de lados.
As meias-finais do Eupago Porto Open foram as terceiras para Jaime Faria em torneios do circuito Challenger — todas este ano e em Portugal, mas segundas na categoria 125 e primeiras em hard courts, a superfície em que, durante o mês de março, celebrou 20 vitórias e quatro títulos consecutivos em torneios ITF.
A campanha no Complexo Desportivo do Monte Aventino levará o jovem português ao melhor ranking da carreira na segunda-feira, com uma subida de pelo menos seis lugares (oito possíveis) para voltar a ultrapassar Henrique Rocha e recuperar o estatuto de número dois nacional (entre o 161.º e o 163.º lugares, dependente dos resultados do Challenger de Lexington).
