PORTO — August Holmgren (249.º ATP) esteve a um ponto da derrota, mas deu a volta a Mikhail Kukushkin (134.º) em mais de três horas e apurou-se para a final do Eupago Porto Open — a segunda das últimas três semanas no circuito Challenger. O derradeiro adversário será Alejandro Moro Cañas, que beneficiou da desistência de Jaime Faria.
Licenciado em teatro pela universidade de San Diego, o dinamarquês de 26 anos anulou uma desvantagem de 2-5 com match point na última partida e superou cazaque, 13 anos mais velho e número 39 mundial em 2019, com os parciais de 6-7(6), 7-5 e 7-6(5).
Holmgren usou e abusou do slice e das variações na altura para fugir ao ténis reto de Kukushkin e foi o pmelhor jogador durante os dois primeiros sets, que podiam ter sido suficientes para selar a vitória (liderou o primeiro por 5-2). Mas no terceiro os papéis inverteram-se e o tenista mais experiente esteve a um ponto da final quando serviu a 5-2 com 40-30.
Só que o tempo era inimigo de Kukushkin e quanto mais tempo o cazaque passou em court mais dificuldades sentiu. Num dia com muito calor, as condições ajudaram Holmgren a levar o adversário à exaustão e chegado ao tie-break foi dele o controlo, apenas atenuado com duas respostas estonteantes de Kukushkin no último fôlego.
Aos 26 anos, August Holmgren está a viver a melhor temporada da carreira e, depois de ter chegado ao Porto com os troféus de campeão de um ITF M25 em Nottingham e de um Challenger 50 em Pozoblanco (na semana passada perdeu à primeira em Segóvia), terá mais uma oportunidade de aumentar o peso da bagagem na final deste domingo.
O dinamarquês discutirá o título mais importante da carreira com Alejandro Moro Cañas, que apesar de ser mais experiente e, teoricamente, favorito (está no 168.º lugar do ranking), também procura o segundo título no circuito secundário depois de ter inaugurado o palmarés esta época, mas já em abril e em terra batida.
