Andy Murray recusa-se em terminar a carreira e na noite desta terça-feira voltou a manter vivo o sonho olímpico ao salvar mais dois match points ao lado de Daniel Evans para chegar aos quartos de final de pares masculinos.
Depois de anularem cinco match points consecutivos no match tie-break da primeira ronda, os dois britânicos aplicaram receita semelhante aos belgas Sander Gille e Joran Vliegen, ex-campeões do Millennium Estoril Open, e venceram por 6-3, 6-7(8) e 11-9.
Se no encontro da primeira ronda recuperaram de 4-9 no match tie-break para superarem os japoneses Kei Nishikori e Taro Daniel, esta terça-feira Murray e Evans deram a volta a uma desvantagem de 7-9. O palco foi exatamente o mesmo do duelo anterior, o Court Suzanne-Lenglen, que voltou a ir “à loucura” e deixou o ex-número um mundial em lágrimas no final, tal era o apoio do público francês.
Com um dia de descanso pela frente, Murray e Evans discutirão o apuramento para as meias-finais (que dão acesso às medalhas) com os vencedores do encontro entre os norte-americanos Taylor Fritz e Tommy Paul e os neerlandeses Robin Haase e Jean-Julien Rojer.
Aos 37 anos, Andy Murray participa pela quinta vez consecutiva nos Jogos Olímpicos (segunda apenas em pares masculinos), onde decidiu terminar a carreira.
O britânico natural de Dunblane, na Escócia, conquistou a medalha de prata em pares mistos com Laura Robson, em Londres 2012, e nesse mesmo ano conquistou a primeira de duas medalhas de ouro consecutivas em singulares masculinos que até hoje fazem dele o único homem ou mulher a vencer duas medalhas de ouro em singulares.