O 60.º capítulo da rivalidade entre Novak Djokovic e Rafael Nadal foi um dos mais desequilibrados de todos e viu o sérvio apurar-se tranquilamente para os oitavos de final dos Jogos Olímpicos, onde procura a medalha de ouro — o único grande título que lhe falta.
Altamente aguardado desde que o sorteio foi feito, o confronto teve pouca história e resolveu-se em 1h42, com os parciais de 6-1 e 6-4 a permitirem a Djokovic aumentar a vantagem no frente a frente para 31-29.
Nadal regressou ao court menos de 24 horas depois de ter superado uma primeira ronda atribulada e não teve resistência para o sérvio, que não só apresentou maior frescura física como roçou a perfeição em praticamente todos os capítulos até liderar por 6-1 e 4-0.
Aí, o maiorquino reagiu, quebrou pela primeira vez o serviço e repetiu a fórmula logo a seguir para igualar o parcial e dar contornos mais entusiasmantes ao duelo. Só que a retaliação de Djokovic chegou no momento certo, um novo break a estancar a reviravolta e a permitir-lhe fechar com o serviço uma das vitórias mais autoritárias da rivalidade.
Medalha de bronze em Pequim 2008, o ano em que foi derrotado por Rafael Nadal (medalha de ouro) nas meias-finais, Novak Djokovic perdeu no encontro de atribuição da medalha de bronze com Pablo Carreño-Busta há três anos, em Tóquio 2020, e persegue em Paris 2024 o único grande título que ainda não conquistou.
Apurado para os oitavos de final, o sérvio de 37 anos terá de aguardar pelo encontro entre Dominik Koepfer e Matteo Arnaldi para conhecer o próximo adversário. Na mesma secção do quadro está o grego Stefanos Tsitsipas, que pode surgir no seu caminho logo nos quartos de final.
Quanto a Rafael Nadal, apontará o foco à variante de pares, onde entrou a ganhar ao lado de Carlos Alcaraz na busca pela segunda medalha de ouro nesta variante (venceu no Rio de Janeiro 2016 com o amigo Marc López).