Borges e Cabral com estreia vitoriosa nos Jogos Olímpicos: “Estava a faltar-nos uma vitória destas”

Nuno Borges e Francisco Cabral entraram com o pé esquerdo em singulares, mas sorriram lado a lado nos pares e assinaram a quarta vitória da história do ténis português nos Jogos Olímpicos, o feito que deixou a dupla lusa satisfeita e confiante após uma jornada dupla em Paris.

Acho que merecíamos, sem dúvida, sair daqui com uma vitória hoje. No início do primeiro set deixámos um bocadinho a desejar, mas mesmo assim eles não voltaram a conseguir atingir esse nível até ao final do encontro. E fomos nós subindo. Senti que fomos superiores, apesar do 12-10. Foi muito perto mesmo, mas achei que nós estivemos melhor. Só há um ponto aqui ou ali que podemos só corrigir, mas, de resto, muito contente pela vitória hoje. Hoje não foi um grande dia de ténis, mas estou contente por ter conseguido sacar aqui uma vitória para Portugal”, disse Borges ao jornal Record.

Cabral, o especialista em pares que horas antes foi chamado a atuar em singulares pela primeira vez em mais de dois anos, também fez uma análise ao embate: “Acho que eles entraram um bocadinho acima do nível normal deles nos pares, apesar do Stefanos ser um confirmadíssimo jogador do top 10. Sabemos da qualidade dele, mas acho que principalmente o irmão serviu mesmo muito bem, colocou perto de 100% no primeiro serviço. Mas nós continuámos a acreditar naquilo que tínhamos definido pré-jogo, que era continuar a tentar ser agressivos na resposta, procurar definir bem a resposta, ter um bom impacto na raqueta porque isso a longo prazo ia acabar por dar-nos oportunidades. Foi o que aconteceu no segundo set e no super tie-break. Acho que fomos claramente a melhor equipa.”

Reconhecendo que “os pares são um bocadinho diferentes dos singulares” porque “há um bocadinho mais de aleatoriedade”, o portuense explicou que “qualquer dupla pode ganhar a qualquer dupla” e admitiu que “estava a faltar-nos uma vitória destas, porque nas últimas vezes em que jogámos juntos perdemos sempre nos detalhes e se conseguirmos capitalizar esta vitória e fazer um bom jogo na próxima ronda vamos voltar a ter as nossas hipóteses.”

Menos satisfeito com a jornada dupla por ter sido eliminado dos singulares, a sua prioridade, Borges explicou que os Jogos Olímpicos são “muito importantes para nós” e admitiu que “a pressão é muito grande” porque “é um torneio que não temos todos os dias, nem todos os anos”, mas demonstrou confiança em poder fazer “umas coisas engraçadas” ao lado de um parceiro que conhece muito bem e com o qual está “sempre em jogo mesmo contra as melhores duplas do mundo.”

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