Nuno Borges não esteve à altura do desafio que assinalou a estreia nos Jogos Olímpicos e perdeu por 6-2 e 6-2 com o argentino Mariano Navone, a quem atribuiu muito mérito antes de lamentar a exibição que realizou na primeira metade de uma jornada dupla que acabou a sorrir.
“Sem querer tirar o mérito do aniversário, fez um jogo muito bom, pareceu-me, mas também que não o desafiei o suficiente”, assumiu em declarações à agência Lusa pouco depois da derrota no encontro que fez dele o sexto português da história a atuar em singulares.
O melhor tenista português da atualidade (42.º ATP) considerou que não esteve à altura do desafio: “Não senti muito nervosismo extra, apesar de ser um torneio bastante importante, mas passou assim, muito rápido, e não estive verdadeiramente dentro do encontro. Não consegui fazê-lo sentir que estava complicado para o lado dele, que estava em risco. É claro que um dia como o de ontem não me ajudou, mas estava igual [para os dois].”
Borges e Navone deviam ter medido forças logo no primeiro dia dos Jogos Olímpicos, mas a chuva obrigou ao cancelamento de todos os encontros de sábado agendados para os courts exteriores.
Durante o encontro de 69 minutos foram audíveis as queixas do melhor tenista português da atualidade, que nunca esteve confortável em campo, mas na análise desvalorizou-as: “Acho que ele foi bastante feliz em algumas dessas [bolas em cima da linha], mas o ascendente estava bastante para o lado dele e, às vezes, a sorte não cai por acaso”
O dia começou com a eliminação em singulares, mas terminou com uma vitória em pares. Nuno Borges e Francisco Cabral deram a volta aos irmãos Stefanos Tsitsipas e Petros Tsitsipas e assinaram a quarta vitória olímpica da história do ténis português, segunda na variante de pares.