Nuno Borges passou ao lado da estreia olímpica e foi eliminado na primeira ronda de singulares masculinos dos Jogos Olímpicos de Paris, em Roland-Garros.
Exatamente uma semana depois de ter feito história ao vencer Rafael Nadal na final do ATP 250 de Bastad, o melhor tenista português da atualidade (42.º classificado no ranking mundial) perdeu por 6-2 e 6-2 com o argentino Mariano Navone (36.º).
Frente a frente com uma das grandes surpresas da época, Borges teve uma entrada em falso, marcada pelo nervosismo, e viu-se rapidamente a perder por 0-4. A primeira partida terminou sem pontos de break para o número um nacional, que entre várias queixas sobre a qualidade do court entrou no marcador, mas nunca recuperando a compostura para batalhar de igual para igual com Navone, que em sentido oposto esteve intransponível nos raros momentos de aperto.
O português cometeu 22 erros não forçados ao longo dos 70 minutos de encontro com o argentino, que também se estreou nos Jogos Olímpicos e fê-lo, aliás, ainda antes de representar o país na Taça Davis.
Sem qualquer participação em torneios ATP até ao início da época, o sul-americano já conta, entretanto, com duas finais no circuito principal e tem na terra batida a superfície de eleição, preferência que foi posta em evidência no embate deste domingo, durante o qual esteve sempre no comando.
Nuno Borges tornou-se no sexto português a jogar em singulares, seguindo as pisadas de Rodrigo de Castro Pereira (1924), Bernardo Mota (1992), João Sousa (2016 e 2020), Gastão Elias (2016), Pedro Sousa (2020). O maiato de 27 anos procurava juntar-se a Sousa e Elias, que há oito anos assinaram as únicas vitórias lusas em singulares.
Encerrada a campanha individual, o melhor tenista português da atualidade aponta o foco para a variante de pares, na qual se estreia ainda este domingo, com Francisco Cabral (que entrou como alternate de última hora em singulares, variante que não disputava desde maio de 2022) frente aos irmãos gregos Stefanos Tsitsipas e Petros Tsitsipas.