À terceira foi de vez: Maja Chwalinska encarna amiga Iga Swiatek e vence Eupago Porto Open

Pedro Loureiro

PORTO – Depois de duas finais perdidas nos campos cobertos do Complexo Desportivo do Monte Aventino, Maja Chwalinska (201.ª WTA) venceu finalmente na cidade invicta ao arrecadar a 25.ª edição do Eupago Porto Open, este ano ITF W75.

Numa final frente à qualifier Tessah Andrianjafitrimo (599.ª), a polaca saiu por cima com os parciais de 7-5 e 6-1 para conquistar o sétimo título da carreira e o segundo consecutivo, isto porque há uma semana venceu também um W75, mas em Montpellier.

A 10.ª vitória seguida – as cinco no Porto sem perder qualquer set, o que perfaz um total de 20 parcial ganhos de empreitada desde que cedeu o primeiro de todos em França – foi muito semelhante às quatro anteriores na semana que acaba de findar: movimentação de excelência, muita variedade de jogo, pontos longos e bem gizados e muito ‘xadrez em movimento’ que tira do sério as suas opositoras, em especial devido às bolas altas de direita de esquerdina complementadas com amorties ou slices de execução a duas mãos.

A diferença esteve em Andrianjafitrimo. A competir pela primeira vez numa final em 27 meses (13.ª no total), a francesa, campeã na Figueira da Foz em 2021, foi quem melhor lidou com o ténis traiçoeiro de Chwalinska e não andou longe de amealhar o parcial inaugural depois de um início em falso (4-1).

Mas esse parcial super físico de cerca de 80 minutos (até obrigou a polaca a pedir ajuda médica por não se estar a sentir bem) caiu para a tenista de 22 anos na reta final e uma entrada de rompante no seguinte fez com que descolasse rumo ao triunfo em 1h54, perante duras condições de jogo e boa casa do público portuense.

Apesar da excelente réplica da gaulesa (ex-139.ª), a vasta panóplia de recursos de Chwalinska, sempre sem dar bolas iguais, impôs-se no Court Central do Complexo Desportivo do Monte Aventino mesmo com tímida celebração da antiga top 150 WTA – este sucesso vai permitir-lhe galgar previsivelmente até ao posto 167 da hierarquia feminina.

De malas e bagagens para Varsóvia para disputar o maior torneio do seu país, Maja Chwalinska diz-se mais relaxada pela senda vitoriosa em que se encontra, sem pressão adicional. “Talvez a jogar o melhor nível de sempre”, a semana da finalista do Australian Open de 2017 ao lado da amiga Iga Swiatek, número um mundial, foi uma “agradável supresa” por ter superado “obstáculos físicos” nos últimos dois embates. “Tornou a semana mais especial”, sublinhou.

O objetivo passa por levar o seu ténis peculiar para a ribalta feminina e ficou a promessa de visita futura, tanto melhor se for a provas de elevado gabarito. “Adoro a cidade e Portugal tem sempre grandes torneios. Quero voltar. Mas também espero estar mais acima no ranking, por isso espero que vocês tenham torneios ainda maiores”.

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