Um mês depois de surpreender tudo e todos ao alcançar a final de Roland-Garros, Jasmine Paolini repetiu a proeza em Wimbledon.
A viver a época de afirmação (e explosão) no circuito principal, a tenista italiana deu a volta a Donna Vekic e venceu a croata por 2-6, 6-4 e 7-6(8).
A meia-final prolongou-se por 2h51 e tornou-se na mais longa da história de Wimbledon.
Para além de ter recuperado de um set de desvantagem, Paolini inverteu por duas vezes um cenário de um break de atraso na partida decisiva. Vekic, que foi quem mais assumiu as despesas do encontro, esteve muito perto de assinar a quebra de serviço que podia ter decidido tudo ao 4-4 do segundo set, mas um smash falhado com Paolini fora de alcance mudou o rumo e tornou tudo mais equilibrado. Ainda assim, a croata recompôs-se e liderou por 3-1 e 4-3 no terceiro set, em que sentiu dificuldades físicas na anca e no físico e apesar de tudo aguentou até ao super tie-break.
Com dois match points salvos, a croata, pela primeira vez numa meia-final de um torneio do Grand Slam, continuou a ser a jogadora mais ofensiva (só assim aguentou depois da brutal queda física) e adiou até ao fim a decisão, mas três pontos consecutivos de Paolini negarem-lhe a tão desejada vaga numa final desta dimensão.
Para a italiana, que está a viver uma época de sonho (atingiu a quarta ronda do Australian Open, venceu o WTA 1000 do Dubai em singulares e o WTA 1000 de Roma em pares antes de brilhar nos dois lados do canal da mancha), será a segunda decisão em torneios do Grand Slam.
E assim, aos 28 anos e sem ninguém o prever, Jasmine Paolini tornou-se na primeira mulher italiana a chegar à final do torneio mais importante do mundo.
No sábado, a nova número cinco mundial — que assim passou a ser top 3 na race, que só contabiliza os pontos de 2024 — discutirá o título ou com a campeã de 2022, Elena Rybakina, ou com uma ex-campeã de Roland-Garros, Barbora Krejcikova.
