Nuno Borges regressa a Wimbledon “mais preparado” e “confiante” para celebrar a primeira vitória

Depois de duas derrotas na primeira ronda, Nuno Borges regressa a Wimbledon com a missão de chegar pela primeira vez à segunda ronda do quadro principal. Este é o único torneio do Grand Slam no qual o melhor tenista português da atualidade ainda não venceu em singulares, mas conhece a fórmula para quebrar esse enguiço, pois já derrotou Yoshihito Nishioka.

“Já o conheço relativamente bem. Joguei com ele duas vezes este ano e estou confiante. Sinto que tenho hipóteses”, disse o número um português, esta segunda-feira de volta ao top 50 (precisamente no 50.º lugar) na antevisão feita à Lusa.

“Apesar de não ser um jogador muito alto, tem imensas soluções no seu jogo. É canhoto, o que cria maiores dificuldades para responder ao serviço, e mexe-se muito bem em qualquer superfície, o que é uma vantagem. Mas eu também tenho as minhas armas e tenho-me sentido bem, por isso julgo que vou ter as minhas hipóteses”, acrescentou Borges, que este ano já ganhou (na terra batida do Challenger 175 de Cagliari) e já perdeu (no piso rápido do ATP 500 de Acapulco) com o nipónico, 90.º no ranking.

Esta será a terceira participação consecutiva de Borges no quadro principal de Wimbledon. Em 2022, o maiato de 27 anos perdeu na última ronda do qualifying, mas foi repescado como lucky loser, enquanto em 2023 teve pela primeira vez entrada direta.

Foi precisamente na última edição que sofreu uma grave entorse no tornozelo direito que o impediu de concretizar a liderança que estava a construir frente a Francisco Cerúndolo (então top 20 mundial) e que depois o manteve afastado da competição durante algumas semanas.

Esses pensamentos são, no entanto, águas passadas e um ano depois volta à catedral do ténis com mais confiança: “Claro que, no ano passado, não acabou da melhor maneira e foi desagradável, porque depois estive umas semanas parado devido à lesão. Mas este ano sinto-me mais preparado, melhor fisicamente e com uma ou outra nota mental que no ano passado não tinha. De certa maneira, estou um bocadinho mais confortável e mais adaptado.”

“Este ano gostava de ultrapassar a primeira ronda. Sinto que posso jogar bem na relva, ainda não o consegui fazer a nível profissional e atingir o meu potencial, mas vou à procura disso. São poucas as semanas de relva e também é difícil encontrar o meu melhor nível, mas gostava de atingir esse pico num Grand Slam. A relva é um piso vivo que pode escorregar, pode travar e é um bocadinho mais imprevisível, mas tenho tido boas sensações”, concluiu o pupilo do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis, que volta a Wimbledon acompanhado pelo treinador Hugo Anão.

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