LONDRES — Ekaterina Alexandrova inaugurou a longa lista de desistências do dia e Emma Raducanu acusou a falta de conhecimento sobre Renata Zarazua a caminho da vitória contra a lucky loser no regresso a Wimbledon um ano depois de ter ficado de fora por causa de operações ao tornozelo e aos pulsos.
A maior estrela do ténis feminino britânico das últimas décadas esteve longe do nível apresentado durante as campanhas em Birmingham e Eastbourne, mas fez o suficiente para levar a melhor contra a número 98 mundial por 7-6(0) e 6-3 no primeiro encontro feminino desta edição a desenrolar-se no Centre Court.
A desistência beneficiou Raducanu, que em vez de ter pela frente uma jogadora que há um ano alcançou a quarta ronda e no currículo tem ainda dois títulos na relva do WTA 250 de ‘s-Hertogenbosch enfrentou uma adversária muito menos habituada à superfície — foi apenas o 14.º encontro de Zarazua em relva natural e o primeiro em quadros principais do circuito principal.
Mas a ex-campeã do US Open nunca conseguiu descolar no marcador perante uma oponente com menos soluções, deixou escapar o break de vantagem conseguido ao sexto jogo do primeiro set e só com um tie-break perfeito (não perdeu pontos) é que deu, finalmente, o golpe que a distanciou verdadeiramente de Zarazua.
E explicou-o: “Só soube [da desistência] às 10h30 desta manhã. Passámos os últimos três dias a preparar um encontro e a marcar treinos com jogadoras parecidas, mas de repente mudou tudo e precisei de me ajustar”, disse a jovem de 21 anos.
Sem encantar, Raducanu cumpriu. E com as desistências de Alexandrova, Aryna Sabalenka e Victoria Azarenka encontrou-se, de repente, numa metade do quadro que ainda o primeiro dia não tinha acabado e já se sabia vir a ter duas semifinalistas — e portanto uma finalista — inéditas…
Passo a passo, segue-se na segunda ronda a belga Elise Mertens.