Andy Murray foi operado para remover um quisto na coluna vertebral que comprimia os nervos e já não tem dores nas costas, mas continua com dificuldades na perna e por isso vai adiar até ao último minuto a decisão sobre a ida a jogo em Wimbledon.
Na conferência de imprensa de antevisão deste domingo, que foi adiada quase duas horas, o campeão de 2013 e 2016 explicou aos muitos jornalistas que marcaram presença que “já não tenho dores nas costas, mas a natureza do problema era um quisto bastante grande que comprimia e contraía os meus nervos e isso fazia com que perdesse muito controlo na perna direita. Está a melhorar, mas ainda me sinto como se tivesse dormido em cima do braço. Por isso é impossível dizer de quanto tempo preciso para estar em pleno funcionamento, mas todo o trabalho que estamos a fazer provoca uma melhoria e não estou a dar passos atrás.”
Assim, o britânico de 37 anos tem “a esperança de que possa ser suficiente” para estar em court na terça-feira, dia para o qual tem encontro marcado com Tomas Machac na primeira ronda do quadro principal de singulares.
Depois de uma despedida agridoce do Queen’s Club, onde venceu a primeira ronda e foi obrigado a desistir da segunda precisamente por causa desta lesão, Murray espera poder competir “uma última vez em Wimbledon, um lugar onde vivi grandes momentos ao longo da minha carreira.”
Os testes dos últimos dias, já no All England Club, “foram bons” e para segunda-feira tem agendado “mais um set de treino” que espera manter a tendência de “melhorar dia após dia” de forma a manter vivo o sonho.
“Cada um tem uma ideia de como quer terminar a carreira e a minha era que isso acontecesse em Wimbledon. Claro que ainda há os Jogos Olímpicos, mas adorava poder competir aqui uma última vez. Quero ter outra oportunidade de jogar no Centre Court e de sentir essa adrenalina”, rematou.