Da Ilha de Man para o Mundo: Billy Harris vive dias de sonho e está nos quartos de final no Queen’s Club

Billy Harris vive a melhor fase da carreira e na mesma semana em que recebeu um wild card que o vai levar ao quadro principal de Wimbledon pela primeira vez alcançou o melhor resultado da carreira ao carimbar o apuramento para os quartos de final do ATP 500 do Queen’s Club, em Londres.

O tenista de 29 anos é natural da Ilha de Man, no centro das ilhas britânicas e dependente direta da Coroa Britânica. Presença habitual nos torneios ITF em Portugal, Harris é conhecido como “Van Man” por ter viajado pelo circuito durante três anos e meio numa caravana que estacionava em restaurantes da cadeia McDonald’s.

Depois de várias épocas totalmente dedicadas às provas do escalão de entrada no circuito mundial, o britânico começou a jogar torneios Challenger em maio de 2022, até que em março de 2023 se estabeleceu a tempo inteiro no circuito secundário — curiosamente, os últimos torneios ITF que disputou foram pecisamente em solo português, com campanhas discretas em Vila Real de Santo António (eliminado por Henrique Rocha nos quartos de final), Faro (perdeu com Duarte Vale na primeira ronda), Loulé, Quinta do Lago (travado por Jaime Faria na segunda eliminatória) e Portimão.

No verão de 2023, como wild card, chegou à última ronda dos qualifyings do ATP 500 do Queen’s Club e de Wimbledon.

Um ano depois, graças aos resultados dos últimos meses e em particular das duas primeiras semanas da temporada de relva (semifinalista quer em Surbiton, quer em Nottingham), voltou a ser convidado para os dois torneios, mas desta vez… para os quadros principais. E ao mesmo tempo que celebrava o “bilhete dourado” para o torneio do Grand Slam que lhe dará acesso ao All England Club pela primeira vez (o qualifying ainda é jogado em Roehampton) começou a desenhar a melhor campanha da carreira no circuito principal.

Atualmente no 162.º lugar do ranking (subiu 40 lugares nas últimas duas semanas), Harris começou por superar o argentino Tomas Martin Etcheverry (32.º) em três partidas e já esta quinta-feira voltou a sorrir ao eliminar o qualifier francês Giovanni Mpetshi Perricard (67.º) por 6-4 e 7-5.

Ele e o bem mais conhecido Jack Draper (vencedor do ATP 250 de Estugarda no domingo e responsável pela eliminação do campeão em título, Carlos Alcaraz, nesta mesma jornada) seguram a bandeira britância nos quartos de final de um dos torneios mais prestigiados do mundo, privado do seu recordista e maior figura da casa, Andy Murray, no dia anterior.

Aconteça o que acontecer, Billy Harris já sabe que vai voltar a subir na hierarquia mundial e que na próxima semana fará parte dos 140 primeiros pela primeira vez.

Segue-se, na sexta-feira e em luta por mais história, um encontro com Lorenzo Musetti, número 30 mundial.

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