Roger Federer recebeu um doutoramento ‘honoris causa’ da Universidade de Dartmouth, uma das mais prestigiadas dos Estados Unidos da América (pertence à Ivy League), e no dia da graduação discursou e brilhou durante 25 minutos perante uma audiência de 11.000 pessoas.
No estado de New Hampshire, o ex-tenista suíço, agora com 42 anos, começou por brincar com a situação: “Não fazem ideia do quão entusiasmado estou. Tenham em mente que é apenas a segunda vez na minha vida em que piso um campus universitário. Apenas a segunda vez. Mas, por alguma razão, vocês estão a dar-me um doutoramento ‘honoris causa’. Vim cá fazer um discurso e volto a casa como Dr. Roger. É um bónus muito bom e deve ser a minha vitória mais inesperada de sempre.”
Federer explicou à plateia que a Universidade de Dartmouth é a mesma onde o seu “agente, parceiro de negócios e amigo”, Tony Godsick, e a filha, Isabella Godsick, se formaram.
Com comparações entre o verde (“green”) pelo qual a universidade é conhecida e a relva de Wimbledon, a chuva que caía enquanto discursava e que inevitavelmente associa ao tempo passado no All England Club e ainda várias referências ao “beer pong”, jogo entre estudantes muito popular nos EUA e em Dartmouth em particular, Federer conquistou a audiência.
Depois, partilhou três lições-chave: “sem esforço” é um mito; é apenas um ponto; e a vida é maior do que o court;
O helvético falou ainda das dúvidas que surgiram com o final da carreira, da alegria que encontrou após pendurar as raquetas e até da final de Wimbledon em 2008 — sim, essa mesmo — que lhe ficou entalada na garganta, bem como do momento em que percebeu, ainda jovem, que teria de mudar de atitude para singrar.
O discurso na íntegra: