À quarta foi de vez para Alexander Zverev, que depois de três derrotas consecutivas nas meias-finais de Roland-Garros inscreveu pela primeira vez o nome na final. Quase quatro anos depois de ter sido finalista do US Open, o campeão olímpico voltará a ter uma oportunidade de conquistar um torneio do Grand Slam.
O apuramento inédito foi conseguido às custas do finalista das últimas duas edições, o norueguÊs Casper Ruud, com os parciais de 2-6, 6-2, 6-4 e 6-2.
Ruud tinha a missão de tornar-se no sétimo homem da história da Era Open a alcançar três decisões consecutivas em Paris e começou bem, com um parcial de sentido único a aproximá-lo dessa missão. Mas um vírus estomacal — como admitiu à árbitro do encontro a meio do segundo set — impediu-o de manter o nível e deu a Zverev a oportunidade perfeita para trabalhar mais uma reviravolta.
Tal como a meia-final anterior, ganha por Carlos Alcaraz a Jannik Sinner, também esta foi parca em momentos de alta voltagem de parte a parte, pois Zverev e Ruud não conseguiram apresentar o melhor nível em simultâneo. O norueguês foi, aliás, desaparecendo à medida que o encontro se prolongou, cedendo às dificuldades físicas — que o deixaram cada vez mais lento e por consequente mais frágil com a pancada-chave, a direita — perante um adversário em crescendo.
Sensivelmente 12 horas depois de ter sido conhecida a decisão em torno do julgamento por violência doméstica, que foi descontinuado (sem um veredito de inocência ou culpa) na sequência de um acordo entre os advogados das duas partes, Alexander Zverev alcançou o melhor resultado da carreira em Roland-Garros para chegar pela segunda vez à final de um torneio do Grand Slam.
Vice-campeão do US Open em 2020, o alemão natural de Hamburgo voltou a colocar-se a uma vitória de conquistar o primeiro título Major. Uma coisa é certa: haverá um novo campeão em Roland-Garros, pois do outro lado da rede estará Carlos Alcaraz, também ele finalista em Paris pela primeira vez.
Campeão do ATP Masters 1000 de Roma, onde colocou um ponto final na campanha histórica do português Nuno Borges (chegou pela primeira vez à quarta ronda de uma prova desta dimensão, replicando o sucesso do Australian Open), Zverev já soma 12 triunfos consecutivos.
O frente a frente de domingo será o 10.º com Alcaraz, um adversário contra o qual parte em vantagem: 5-4, apesar de o espanhol ter ganho o duelo mais recente — a caminho do título em Indian Wells — e de liderar por 2-1 em encontros disputados em terra batida. Zverev lidera, no entanto, em torneios do Grand Slam (2-1) e até venceu o único encontro anterior em Roland-Garros, por 6-4, 6-4, 4-6 e 7-6(7) nos quartos de final de 2022.
