Pela segunda vez consecutiva Novak Djokovic foi forçado a jogar cinco sets e pela segunda vez consecutiva resistiu, mas desta vez o tenista sérvio agravou uma lesão no joelho e deixou no ar a possibilidade de não disputar os quartos de final de Roland-Garros na quarta-feira.
“Tenho um pequeno problema no joelho há algumas semanas, que não é nada muito preocupante, mas hoje escorreguei durante o segundo set e senti uma dor. Tomei muitos comprimidos e começaram a fazer efeito no final do quarto set, mas não sei se vou conseguir jogar nos quartos de final. Terei de esperar para ver”, afirmou o número um mundial — tem o lugar em risco — em conferência de imprensa depois de eliminar Francisco Cerundolo por 6-1, 5-7, 3-6, 7-5 e 6-3.
Djokovic não escondeu a frustração durante o embate e foi captado a ter uma conversa acesa com um dos supervisores do torneio acerca do estado do court. O sérvio pediu que a equipa de manutenção passasse a terra batida com maior frequência, mas viu o pedido ser-lhe negado e demonstrou a sua insatisfação: “Porque é que é um problema passar o court a cada duas trocas de lado? Lixei o meu joelho porque estou sempre a deslizar e a cair. A única coisa que pedi foi para passarem o court a cada duas trocas de lados, é só isso. Tu és o supervisor, representas os jogadores e eu, como jogador, estou a dizer-te que isto não está certo. Vais tomar a palavra da equipa de manutenção, que não joga ténis. Eles sabem melhor do que eu se o court está bom ou não?“
Já na conversa com os jornalistas, Djokovic explicou o seu ponto de vista: “As condições climatéricas deste ano não são as habituais, tivemos muita chuva, muita lama e condições muito pesadas que afetam a humidade e a qualidade da superfície. Hoje o sol apareceu e afetou as camadas superiores da terra. Não sei exatamente o que é que fizeram, mas parecem ter removido alguma terra e entre isso e as condições mais secas e quentes torna-se muito escorregadio.”
Entre os elogios tecidos ao torneio, que considerou ser “de longe o que tem os melhores courts de terra batida do mundo”, o campeão em título disse não estar “a apontar dedos a ninguém”, mas sim “a tentar perceber todo o processo e porque é que é tão complicado fazê-lo [passar o court mais vezes] e porque é que a resposta é sempre não.”
Caso vá a jogo, Novak Djokovic medirá forças com Casper Ruud, uma reedição da final que venceu em 2023.