Novak Djokovic esteve ainda em maiores apuros do que frente a Lorenzo Musetti, mas também conseguiu dar a volta a Francisco Cerundolo e resistiu a raríssimas batalhas de cinco sets consecutivas num torneio do Grand Slam para chegar aos quartos de final de Roland-Garros. Ainda não foi esta segunda-feira que Jannik Sinner subiu à liderança do ranking.
Menos de 48 horas depois de assinar o triunfo mais tardio da história de Roland-Garros, o número um mundial voltou a ser muito testado e inclusive fez soar os alarmes por causa de uma lesão no joelho direito que o obrigou a ser assistido em mais do que uma ocasião, só que nunca deitou a toalha ao chão e travou o argentino com os parciais de 6-1, 5-7, 3-6, 7-5 e 6-3,
Depois de um parcial de sentido único, Djokovic baixou significativamente o rendimento, abriu a discussão do encontro a Cerundolo e viu o argentino aproveitar a oportunidade para passar para a frente do marcador.
A viragem no rumo dos acontecimentos foi tal que o número 27 mundial chegou a liderar por 4-2 com um break no quarto set que lhe podia ter dado a melhor vitória da carreira, mas cara a cara com o feito acusou a pressão. Cerundolo perdeu não por uma, mas duas vezes o serviço nos três jogos seguintes e entrou a quarta partida ao campeão em título, que a partir daí não largou o osso.
Roland-Garros 2024 tornou-se apenas no terceiro torneio do Grand Slam em que Novak Djokovic foi obrigado a discutir quintos sets em encontros consecutivos. Tal como nas ocasiões anteriores (Australian Open e Roland-Garros de 2012), superou-os e evitou a primeira derrota dos últimos 15 anos em Paris antes dos quartos de final, fase que alcança pela 18.ª vez na cidade luz.
Obrigado a chegar às meias-finais para ter uma palavra a dizer sobre o estatuto de número um mundial que ainda lhe pertence (mas que mesmo assim poderá perder para Jannik Sinner caso o italiano chegue à final), o tenista de Belgrado encontrará ou Taylor Fritz ou Casper Ruud — finalista de 2022 e 2023 — na quarta-feira.
