Francisco Cabral: “Pensar nos Jogos Olímpicos prejudicou-me no início do ano”

PARISFrancisco Cabral teve uma estadia curta em Roland-Garros e concluiu a segunda passagem pelo torneio do Grand Slam francês sem uma vitória, mas ainda mantém viva a possibilidade de sorrir este ano em Paris. O melhor tenista português da atualidade na variante de pares aguarda para saber se conseguirá disputar os Jogos Olímpicos com o amigo Nuno Borges e admitiu que o peso dessa possibilidade foi prejudicial no início do ano.

“Para ser sincero, já pensei mais nos Jogos Olímpicos. Agora tento pensar menos porque fazê-lo foi algo que me prejudicou no início do ano. Eu sabia que era uma realidade próxima, ou possível, e isso para alguém que há dois anos estava a jogar singulares como 850, 900, 1000 do mundo… desenrolou-se tudo muito rápido para mim e sinceramente acho que não lidei da melhor maneira com a possibilidade de ver os Jogos Olímpicos tão perto, ainda por cima num clube como este em que eu gosto tanto de jogar e onde me sinto super bem”, reconheceu depois da derrota na primeira ronda de Roland-Garros, que assinalou a estreia em Grand Slams ao lado de Nicolás Barrientos.

“Sei da minha situação atual e sei que estou perto [de entrar], mas tento pensar cada vez menos nisso. Estou dependente das pessoas e das duplas que estão à nossa frente, de jogarem ou não e de os jogadores de singulares jogarem ou não, portanto estou ali na calha, como se diz. O meu ano não tem sido bom e não mereço, entre aspas, essa vaga, mas se acontecer obviamente nem penso duas vezes”, acrescentou Cabral, atualmente no 58.º lugar do ranking mundial de pares.

O ténis é um dos desportos com o sistema de qualificação mais elaborado para os Jogos Olímpicos. O ranking de apuramento será o de 10 de junho, logo a seguir a Roland-Garros, mas há várias restrições, a começar pelo facto de cada país só poder estar representado por 12 atletas, mais especificamente seis por género, um máximo de quatro em singulares, dois em pares e um em pares mistos.

O torneio de singulares é composto por 64 jogadores e o ranking de 10 de junho determinará 56 dessas vagas, com Nuno Borges a estar assegurado na prova pela primeira vez na carreira e apenas dependente da confirmação oficial que no caso dos Jogos Olímpicos exige vários contactos entre federações e organizações internacionais.

Já o torneio de pares reúne 32 duplas, com um máximo de duas por país, e os primeiros jogadores a apurarem-se são os que façam parte do top 10 da variante desde que tenham um parceiro da mesma nacionalidade entre o top 300 de qualquer ranking (e esse parceiro não exceda a quota de seis jogadores por país). Depois, as quotas são distribuídas através do ranking combinado entre jogadores e finalmente por jogadores já confirmados no torneio de singulares, duas alíneas que dão esperanças a Cabral juntamente com Borges.

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