Em Paris a jogar Roland-Garros, Zverev começou a ser julgado por violência doméstica em Berlim

Alexander Zverev está em Paris a disputar Roland-Garros, ao qual chegou como um dos maiores candidatos à vitória, mas a partir desta sexta-feira também está em Berlim, onde uma equipa de advogados o representa no julgamento por violência doméstica. Trata-se de um recurso pedido pelo tenista alemão, que negou as acusações depois de ser condenado ao pagamento de uma multa de 450 mil euros.

Em causa estão as acusações de violência doméstica feitas por Brenda Patea, a ex-namorada — e mãe da filha de três anos, Mayla — que Zverev alegadamente terá “empurrado contra uma parede e estrangulado com as duas mãos” durante a estadia de ambos num apartamento alugado em Berlim, em maio de 2020.

Na sequência do caso, o Ministério Público acusou Zverev de violência doméstica e a condenação levou o tribunal de Berlim a ordenar o pagamento de uma multa de quase meio milhão de euros. O tenista negou as acusações e recorreu da decisão, levando o caso para o julgamento que começou esta sexta-feira.

A presença de Zverev não lhe é exigida pelo tribunal, onde esta sexta-feira os advogados consideraram as acusações de Patea “infundadas e contraditórias”. No momento em que a primeira decisão foi anunciada e a multa foi comunicada, o atual número quatro mundial descreveu as alegações como “uma bela treta” e acrescentou que “qualquer pessoa que tenha níveis de QI normais sabe do que isto se trata.”

De acordo com o jornalista Jonathan Crane, presente no tribunal, o primeiro dia do julgamento foi dado por concluído a pedido da defesa, que deseja levar a cabo os restantes procedimentos à porta fechada. O advogado da alegada vítima terá concordado com o pedido, que será analisado pelo tribunal. O julgamento deverá acontecer ao longo de 10 dias úteis não consecutivos nas próximas semanas, prolongando-se até Wimbledon e, possivelmente, os Jogos Olímpicos.

Brenda Patea não foi a primeira ex-namorada a acusar Alexander Zverev de violência doméstica: Olga Sharypova já o tinha feito três anos antes, quando afirmou ter sido agredida “com grande violência física e psicológica durante vários meses”.

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