PARIS — Nuno Borges esteve longe do seu melhor e não foi feliz no regresso a Roland-Garros, onde após uma espera de quase cinco horas devido à chuva disse adeus ao quadro principal de singulares na primeira ronda.
O melhor tenista português da atualidade (47.º do ranking mundial) procurava repetir o resultado de há um ano, mas perdeu por 7-6(3), 6-4 e 6-3 com o checo Tomas Machac (34.º).
O duelo ficou marcado pelo mau tempo, que tornou as condições de jogo muito pesadas, mas também pelas várias oportunidades desperdiçadas e que podiam ter dado outra história ao marcador.
Frente a frente com um jogador que há três dias jogou a primeira final ATP da carreira depois de surpreender Novak Djokovic em Genebra, o maiato de 27 anos teve condições para conseguir outro resultado. No entanto, deixou escapar preciosas vantagens de 3-1 no primeiro set, que concedeu com uma dupla falta no último ponto do tie-break, e 4-1 no segundo (em que ainda teve nove pontos para fazer o 5-4 já depois de perder o break de avanço).
As reviravoltas no marcador levaram-no ao desespero e a perder a serenidade, tornando-se demasiado cabisbaixo e descrente perante um adversário confiante e que na resposta teve cada vez mais conforto para prolongar a boa fase.
Longe do nível que o ajudou a fazer história no Australian Open e no ATP Masters 1000 de Roma, em ambos os casos ao chegar à quarta ronda, e a chegar a Paris “na melhor fase da carreira”, como admitiu na antevisão à terceira participação em Roland-Garros, Nuno Borges terá a variante de pares para jogar, ao lado do francês Arthur Rinderknech, antes de arrumar o equipamento de terra batida e apontar para a relva, no ATP 500 de Halle (Alemanha) a meio de junho.
Última atualização às 19h23.
