Jannik Sinner é, por estes dias, o mais do que provável número um mundial e foi com uma exibição própria desse estatuto que regressou, um mês depois, e carimbou o apuramento para a segunda ronda de Roland-Garros.
O melhor tenista de 2024 não brilhou, mas fez o que lhe competia e, mesmo longe do seu melhor, caminhou tranquilamente para a vitória por 6-3, 6-3 e 6-4 frente a Christopher Eubanks.
O norte-americano só por uma vez venceu encontros consecutivos num torneio desde que brilhou rumo aos quartos de final de Wimbledon há quase um ano e esta segunda-feira voltou a estar muito aquém. Sem o serviço para se distinguir, foi presa fácil desde o fundo do court, onde nem o regresso a meio-gás do italiano — Sinner enfrentou 10 pontos de break e salvou nove — foi suficiente para o inspirar a uma réplica maior do que a que apresentou nas 2h09 de encontro.
Com pouca história, o encontro teve como ponto alto um momento vivido já depois de se ouvir o “jeux, set et match”: derrotado, Christopher Eubanks caminhou na direção de um dos cantos do Court Suzanne-Lenglen e entregou uma das raquetas de jogo a um pequeno fã que, de sorriso rasgado, viveu um momento inesquecível e ganhou uma história interessante para contar depois de um braço de ferro morno a abrir um dia que contou com a chuva e que por isso obrigou ao fecho da recém-inaugurada cobertura no segundo maior campo do recinto.
O encontro desta segunda-feira foi o primeiro de Jannik Sinner desde que desistiu do ATP Masters 1000 de Madrid por causa da lesão na anca contraída no ginásio.
Campeão do Australian Open, o italiano chegou a Paris como número dois mundial, mas na pole position para tomar de assalto a liderança do ranking após Roland-Garros. As contas são simples: com este resultado, basta Novak Djokovic não chegar à final para ser destronado, havendo outros cenários — mais complicados — em jogo até lá.
Para já, no caso do italiano, segue-se um encontro com Richard Gasquet na segunda ronda.
