Nadal deixa Roland-Garros na dúvida: “É muito provável que seja o meu último, mas não o posso dizer a 100%”

Um nim. Foi isso que Rafael Nadal deu a Roland-Garros e todos aqueles que o acompanham na antevisão ao torneio onde já ergueu a taça por 14 vezes. Porque se por um lado falou desta edição como muito provavelmente a última da carreira, por outro deixou uma réstia de esperança.

“Vai ser uma resposta longa, mas acho que preciso de responder já a isto para evitar outras perguntas nos próximos dias”, começou por dizer entre sorrisos. “Como disse, há uma grande, grande probabilidade de que este seja o meu último Roland-Garros. Mas se tiver de vos dizer a 100% então não o consigo fazer, porque não consigo prever o que vai acontecer. Espero que compreendam.”

“Passei por um longo período de recuperação de uma lesão muito difícil. Foram quase dois anos de sofrimento e de um processo que agora me faz sentir melhor. Por isso de certa forma não quero fechar a porta a 100%. Em primeiro lugar porque estou a gostar de jogar ténis. Em segundo porque estou a viajar com a minha família e eles estão a gostar. E em terceiro porque ainda não fui capaz de explorar de forma apropriada a forma como serei capaz de jogar outra vez em condições mais ou menos saudáveis, sem limitações. Preciso de algum tempo. Talvez dentro de um mês, um mês e meio consiga perceber que não consigo continuar, mas hoje não o posso garantir”, finalizou Nadal.

Com Roland-Garros em suspenso e a organização a hesitar entre uma homenagem total ou um reconhecimento ligeiro, adiando para 2025 uma “saída pela porta grande” do maior quebra recordes da história, os olhos estão, para já, postos no muito meditário encontro da primeira ronda com Alexander Zverev.

“Estava a jogar Parchis quando alguém me contou do sorteio. É algo que de certa forma já esperava porque não sendo cabeça de série tudo pode acontecer. Faz parte e só tenho de o aceitar, mas é claro que no papel não é o melhor sorteio. Vou enfrentar um dos adversários mais difíceis possível, que chega aqui depois de ganhar o último ATP Masters 1000 em terra batida, por isso não será nada fácil, mas tenho de estar pronto”, respondeu Nadal.

Rafael Nadal venceu Roland-Garros em 2005, 2006, 2007, 2008, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2017, 2018, 2019, 2020 e 2022. 14 dos 22 títulos do Grand Slam foram conquistados em Paris, onde só em 2009 perdeu antes dos quartos de final.

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