Jaime Faria celebrou pela segunda vez em dois dias na terra batida de Roland-Garros e apurou-se para a terceira e última ronda do primeiro torneio do Grand Slam da carreira.
24 horas depois de brilhar no Court Suzanne-Lenglen, o número dois nacional (183.º ATP, a melhor classificação de sempre) surpreendeu o norte-americano Zachary Svajda (122.º e 16.º cabeça de série) com os parciais de 7-6(3) e 6-1.
Com pouco tempo para gerir as emoções naturais da primeira vitória da carreira num torneio do Grand Slam, e desta vez a atuar num court exterior, significativamente mais pequeno e com apenas algumas dezenas de espetadores ao contrário dos cerca de cinco mil do dia anterior, Faria não entrou bem no encontro. Quebrado logo no primeiro jogo de serviço, no qual apenas colocou um de cinco primeiros serviços, cometeu vários erros e esteve a perder por 0-3 e 1-4 no set inaugural.
Mas a reação foi imediata, com a regularidade do primeiro golpe a subir de rompante, a tempo de assinar um tie-break imaculado que mudou definitivamente o ascendente.
Se na primeira partida apenas colocou 51% de primeiros serviços (quando o fez venceu 18 dos 20 pontos), na segunda subiu para os 68% (venceu os 13 jogados) e já não deu hipóteses ao norte-americano, finalizando o embate com nove ases e 94% de pontos ganhos com o primeiro “saque”.
A participar pela primeira vez num torneio do Grand Slam, Jaime Faria colocou-se a uma vitória de chegar ao quadro principal. O adversário que o separa desse objetivo fala a mesma língua: é o brasileiro Felipe Meligeni Alves, número 136 mundial que afastou o polaco Zdenek Kolar por 6-3 e 6-2 em 58 minutos.
