Jaime Faria (183.º) ultrapassou esta terça-feira mais uma barreira e assinou a primeira vitória em torneios do Grand Slam. A aproveitar em pleno a estreia em provas deste nível, o novo número dois nacional despachou em 67 minutos um duelo — que foi movido para o Court Suzanne-Lenglen — com o francês Clement Tabur (235.º), resolvido por 6-2 e 6-3.
Com os ânimos em alta ao prolongar a senda de triunfos iniciada com a primeira conquista Challenger no sábado passado, no Oeiras Open 4, o lisboeta expressou ao Raquetc que um guião bem estruturado fez a diferença no desenrolar dos acontecimentos: “Sinto-me muito bem, foi uma vitória bem conseguida e de certa forma até algo tranquila. Preparei bem o jogo e por isso consegui uma boa vitória.”
A experiência de competir no segundo maior estádio do complexo é contada na primeira pessoa pelo jovem de 20 anos que, até à semana passada, só conhecia Roland-Garros a partir da televisão: “Senti um nervoso miudinho, é normal. Era um sonho jogar neste campo, mas apesar disso consegui entrar bastante bem e consegui lidar com as minhas emoções e com o nervosismo.” E complementou o raciocínio ao apontar aquela que foi para ele a chave do encontro: “Fui tentando assegurar as primeiras pancadas, serviço e resposta, e fiz isso bem e fiquei confortável.”
Já a saber que o acesso à terceira e última ronda da fase prévia vai ser travado com Zachary Svajda (122.º), Faria confessa que tem pela frente uma incógnita, apesar de ter sido precisamente o Jamor a anterior paragem do norte-americano: “Não o conheço, sei que esteve no Oeiras Open mas não vi nenhum jogo e é a segunda vez que me estou a cruzar com ele num torneio. Vai ser um bom jogo.”