OEIRAS — Frederico Silva inaugurou a contagem de vitórias portuguesas no Oeiras Open 4 para se apurar para a segunda e última ronda do qualifying deste torneio Challenger que acontece na sua nova “segunda casa”, o Complexo de Ténis do Jamor.
O tenista caldense de 29 anos (atualmente no 408.º posto, mas ex-168.º) não olhou a rankings e derrotou o dinamarquês August Holmgren (307.º) com os parciais de 6-1, 6-7(5) e 6-3 em 2h30.
O triunfo deste domingo foi o primeiro de Silva no circuito Challenger desde o final de outubro, quando fez o que agora procura (chegar ao quadro principal) em Brest — depois foi derrotado por Nuno Borges na primeira ronda.
Esta é também a primeira vitória em torneios do circuito secundário para o jogador natural das Caldas da Rainha desde que recuperou da operação ao ombro esquerdo e também desde que passou a integrar o Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis, interrompendo a ligação de vários anos com o treinador Pedro Felner.
Silva resistiu a um arraque com ameaças (enfrentou quatro pontos de break nos dois primeiros jogos) para descolar no marcador e pareceu encaminhado para uma vitória muito autoritária. Mas Holmgren não deitou a toalha ao chão e assinou a primeira quebra de serviço no embate quando o tenista da casa já liderava por 6-1 e 3-2. O dinamarquês melhorou substancialmente a qualidade do golpe de saída e conseguiu forçar um tie-break que lhe permitiu igualar o braço de ferro, mas no parcial decisivo Silva tornou-se mais agressivo e resolveu a contenda sem espinhas.
Depois da derrota de Tiago Pereira logo a abrir o dia, a vitória de Frederico Silva foi a primeira de um tenista português neste Oeiras Open, o quarto do ano e segundo nos campos de terra batida. O acesso ao quadro principal até poderá ser discutido com um compatriota, caso João Domingues ultrapasse o francês Jules Marie.