A temporada de Nuno Borges continua a ganhar contornos históricos e esta sexta-feira o melhor tenista português da atualidade apurou-se pela primeira vez na carreira para a terceira ronda de um ATP Masters 1000. Para além de um feito pessoal sem precedentes, o resultado obtido na cidade eterna também o colocou num patamar (mais um) altamente restrito do ténis nacional.
Com 27 anos recém-celebrados, o maiato tornou-se no terceiro tenista português a chegar à terceira ronda do quadro principal de singulares de um torneio desta categoria. O primeiro foi Frederico Gil, em Miami 2009, e o segundo João Sousa, em Miami 2014.
Quer Gil (Monte Carlo 2011), quer Sousa (Madrid 2016 e Miami 2018) foram um passo mais longe, sendo que no caso do tenista sintrense a campanha no principado monegasco traduziu-se mesmo nos primeiros quartos de final de um português a este nível, num quadro mais pequeno (64 e não 96 jogadores) e, portanto com menos uma ronda (é a terceira, e não a quarta, que equivale aos oitavos de final).
O feito foi igualado pelo vimaranense na capital espanhola (na altura também tinha um quadro de 64 jogadores, entretanto foi alargado para 96), enquanto na Flórida — há vários anos com um quadro alargado — as três vitórias “só” se traduziram numa quarta ronda, equivalente aos oitavos de final.
Descomplicando o complicado, Nuno Borges tornou-se no terceiro tenista português da história a chegar à terceira ronda do quadro principal de um ATP Masters 1000 e, caso volte a vencer em Roma, será o terceiro a alcançar a quarta ronda, mas para igualar os quartos de final de Gil e Sousa terá de fazer o que nunca nenhum deles conseguiu: vencer por quatro vezes num torneio desta dimensão. Desafios dos novos tempos, numa altura em que os jogadores tecem cada vez mais críticas à expansão dos restantes torneios da categoria…
