A passagem de Elena Rybakina (4.ª) por Madrid está a correr de feição e tornou-se esta quarta-feira uma das quatro apuradas para as meias-finais, mas nem por isso tem poupado nas críticas. À semelhança do que já fizera no passado, a cazaque voltou a apontar falhas ao calendário competitivo, com especial incidência nas reformuladas provas WTA 1000 que passam a ter a duração de duas semanas.
“Estou muito cansada, acho que não ajuda que estes torneios se tenham tornado tão longos. Se se está bem a nível físico, não há problema em jogar todos os dias, e depois o torneio termina. Mas manter-se quase duas semanas no mesmo sítio, para logo a seguir jogar outro torneio obrigatório, não está a tornar isto nada fácil”, observou a nascida em Moscovo, na conferência de imprensa que se seguiu à vitória selada em quase três horas com a compatriota Yulia Putintseva, por 4-6, 7-6(4) e 7-5.
A jogadora de leste censurou ainda que os jogadores deixem de ter a mesma disponibilidade para gerir o calendário, em consequência do aumento de torneios mandatários que se estendem por uma quinzena: “Com esta nova mudança, temos vários torneios que precisamos mesmo de jogar, não podemos escolher se os queremos jogar ou não. Estamos a seguir uma direção oposta à que deveríamos, todos os jogadores estão a perseguir o ranking e os pontos, mas se fosse aberto a todos, seria justo. Se se quiser jogar, joga-se. Se não se quiser jogar, não se joga.”
Ainda assim, Elena Rybakina garantiu que não vai voltar a tocar no assunto, uma vez que nem com o seu estatuto de número quatro mundial conseguirá remar sozinha contra a corrente: “Há muitas coisas a melhorar no circuito e já falei muito sobre isso no ano passado. Já não tenho muita energia para continuar a lutar e a partilhar a minha opinião, porque isto não será fácil de mudar. Estou a gastar a minha energia a tentar algo diferente, só tenho de seguir as regras e tentar dar o meu melhor.”